CI

I Fórum da Rede Leite apresenta indicadores positivos ao desenvolvimento

Em 2010, a produção de leite por hectare superou os 21 mil litros em uma propriedade de 11,6 hectares


Representantes das nove instituições que fazem parte do Programa em Rede de Pesquisa-Desenvolvimento em Sistemas de Produção com Atividade Leiteira no Noroeste do RS (Rede Leite), apresentaram na quinta-feira (19-05), em Ijuí, indicadores econômicos e físicos que comprovam a melhoria do sistema produtivo de leite em todas as 50 pequenas propriedades rurais que aderiram ao programa no final de 2007. O evento, promovido pela Emater/RS-Ascar, Embrapa Pecuária Sul, Unijuí, Embrapa Clima Temperado, Instituto Federal Farroupilha – campus Santo Augusto, Unicruz, Fepagro, Coperfamiliar e Agel, contou com a presença do prefeito de Ijuí, Fioravante Ballin, diretor técnico da Emater/RS, Gervásio Paulus, diretor do departamento estadual de Agroindústria Familiar, José Batista, secretários municipais, fiscais sanitários e agricultores.


A partir de indicadores como litros/hectare, litros/vaca/dia, margem bruta (receita menos custos) e margem líquida (despeza incluindo a depreciação dos equipamentos), foi possível visualizar o contraste entre as propriedades acompanhadas nos últimos quatro anos, bem como a evolução de aspectos relacionados à renda, produção e produtividade. Em uma delas, por exemplo, a margem líquida obtida no ano com a produção de leite em 10,5 hectares foi de, aproximadamente, R$ 40 mil, cerca de R$ 4 mil por hectare. "Dificilmente outra atividade econômica teria um desempenho tão bom", avaliou o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar da Região de Ijuí, Pedro Urubatan Neto da Costa. Há, no entanto, propriedades ainda menores, a exemplo de uma, cuja área útil destinada à produção de leite é de 5,5 hectares. Nesse caso, a margem líquida obtida no último ano foi de cerca de R$ 4.800,00.

A produção de leite por hectare também é outro fator que impressiona. Em 2010, a produção de leite por hectare superou os 21 mil litros em uma propriedade de 11,6 hectares, onde cada vaca produziu em média 7.592 litros. "Antes de entrar no Rede Leite, eu produzia 54 mil litros de leite ao ano e, agora, estou produzindo 140 mil", exemplificou o produtor de São Valério do Sul, Nélson Olbermann. "Só melhorou", disse o produtor de Bozano, Jurandir dos Santos. "Sem assistência a média/vaca/dia era 10 litros, agora é 25", completou Jurandir.


Contudo, a dimensão social é o foco do programa. Segundo salientou Urubatan, o Rede Leite tem pela frente o desafio de construir outros indicadores, de natureza social, que sejam capazes de expressar aspectos subjetivos, que também estão sendo observados, como bem estar físico, recuperação do entusiasmo e autoestima. "De primeiro a gente não tinha quem desse assistência, agora estamos fazendo pesquisa", disse o produtor de Boa Vista do Incra, Elvio Siqueira. "A gente larga tudo por um dia de reunião, nós saímos do isolamento e isso não é perda de tempo", disse a produtora de Nova Ramada, Leone Foguesatto.

As informações são da assessoria de imprensa da Emater/RS-Ascar Regional de Ijuí.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.