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IAC lança duas cultivares de arroz agulhinha e uma do tipo arbório

Os novos materiais deverão conquistar os rizicultores pelas características agronômicas, como a elevada produtividade


Para a grande maioria dos brasileiros, toda refeição tem que ter arroz, aquele do dia a dia, do tipo agulhinha. Para os amantes de risotos, não pode faltar o arroz arbório, especial para culinária italiana. A oferta desses ingredientes básicos para tantas receitas contará com um reforço. O Instituto Agronômico (IAC-APTA) vai lançar duas novas cultivares de arroz do tipo agulhinha e uma nova cultivar de arroz do tipo arbório.

O lançamento será no dia 18 de abril de 2018, às 13h, em Pindamonhangaba, no Polo Regional de Pindamonhangaba, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.  

Cultivares de arroz

A IAC 108 e a IAC 109 são do tipo agulhinha e devem agradar aos consumidores por terem grãos mais soltos e macios, tanto na forma integral como na brunida. Os novos materiais também deverão conquistar os rizicultores pelas características agronômicas, dentre elas a elevada produtividade. O potencial produtivo médio da IAC 108 é de 6.421 quilos, por hectare, e o da IAC 109 é de 6.238 quilos, por hectare.  

De acordo com o IAC, esses resultados superam o potencial dos materiais usados comparativamente na pesquisa. As produções de grãos destes dois novos materiais foram avaliadas em 11 experimentos nos municípios de Guaratinguetá, Pindamonhangaba e Tremembé, na região do Vale do Paraíba, a principal produtora de arroz no Estado de São Paulo.  

O porte ereto das plantas também beneficia a cultura, por permitir maior entrada de luz solar, melhorando a fotossíntese, e também proporcionar a semeadura com menor espaçamento entrelinhas. A IAC 108 e a IAC 109 podem ser plantadas do início de agosto a meados de janeiro. Esta é considerada uma ampla janela de plantio, segundo o pesquisador Omar Vieira Villela, do Polo Regional de Pindamonhangaba, também vinculado à APTA, assim como o IAC. As novas cultivares são resistentes à brusone, a principal doença do arrozal. A IAC 108 tem maturação média de 125 dias e a IAC 109, de 120 dias. As duas cultivares são para produção em área inundada. Os estudos começaram em 2005, em uma parceria entre o IAC e o Polo de Pindamonhangaba.  

Arroz para risoto

Os arrozes do tipo arbório disponíveis no mercado brasileiro eram todos importados até o IAC lançar, em 2007, a cultivar IAC 300. Naquele mesmo ano, os pesquisadores iniciaram os estudos da IAC 301, com o objetivo de elevar a produção de grãos, melhorar a qualidade industrial e reduzir o porte da planta. O objetivo foi alcançado e, onze anos depois, esta segunda cultivar de arroz especial para a produção de risoto desenvolvida pelo IAC está sendo apresentada ao setor. Seu potencial produtivo é bem superior ao da sua antecessora. A IAC 301 produz 4.281 quilos, por hectare, enquanto a IAC 300 chega em 3.452 quilos, por hectare. A IAC 301 também apresenta maior rendimento no beneficiamento.  

O potencial produtivo da IAC 301 foi avaliado em 18 experimentos nos municípios de Guaratinguetá, Pindamonhangaba, Roseira e Tremembé, de 2012 a 2016. A expectativa é que esses novos materiais estejam disponíveis nas gôndolas no segundo semestre de 2019. O programa de melhoramento de tipos especiais de arroz conduzido pelo IAC, desde 1992, é direcionado a desenvolver cultivares destinadas a nichos de mercado. Com elas, é possível gerar alternativa econômica para os rizicultores, que encontram nesses produtos diferenciados uma forma de conquistar mercado e alavancar a renda, informou o IAC.
 

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