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IBGE estima que safra de grãos deve crescer 9,7% em 2007

Na 1ª avaliação de 2007, órgão prevê produção de 127,9 milhões de toneladas


Na primeira avaliação da safra nacional de 2007, o IBGE estima uma produção de 127,9 milhões de toneladas, 9,7% superior à obtida no ano passado (116,6 milhões de toneladas). A primeira estimativa de safra para este ano, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA1), apurou variação positiva, em relação a 2006, para os seguintes produtos: algodão herbáceo em caroço (27,1%), feijão em grão 1ª safra (39,8%), milho em grão 1ª safra (12,9%), milho em grão 2ª safra (10,6%) e soja em grão (8,0%). Com variação negativa, destaca-se o arroz em casca (-3,5%).

Nesta avaliação da safra nacional de grãos2 para 2007, estima-se uma produção total de 127,9 milhões de toneladas, 9,7% superior à do ano passado, que foi de 116,6 milhões de toneladas. Entre as grandes regiões do país, esse volume de produção esperado, em termos absolutos e por variação percentual em relação à safra anterior, divide-se da seguinte forma: Norte, 3,6 milhões de toneladas (8,2%), Nordeste, 11,8 milhões de toneladas (23,7%), Sudeste, 16,0 milhões de toneladas (1,2%), Sul, 54,9 milhões de toneladas (13,7%) e Centro-Oeste, 41,7 milhões de toneladas (5,0%).

Algodão

A primeira estimativa para o algodão herbáceo em 2007 indica uma produção de 3,7 milhões de toneladas, mostrando significativo aumento de 27,1% em relação à obtida em 2006 (2,9 milhões de toneladas). Esse aumento é causado, principalmente, pela recuperação das cotações da fibra nos mercados interno e externo. O Mato Grosso, maior produtor nacional, que participa com 53,0% da produção brasileira de algodão, espera colher 1,9 milhão de toneladas, 36,7% superior à de 2006.

Arroz

Quanto à cultura de arroz, nesse primeiro momento, observa-se um decréscimo de 3,5%, tendência já detectada nas primeiras perspectivas levantadas nos meses de outubro e dezembro de 2006, em razão dos baixos preços praticados na comercialização passada. Numa área plantada de 3,0 milhões de hectares, aguarda-se uma produção de 11,1 milhões de toneladas contra as 11,5 milhões de toneladas colhidas em 2006. Os maiores estados produtores, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, devem apresentar produções de, respectivamente, 5,9 milhões de toneladas (-12,6%) e 817 mil toneladas (+13,4%).

Feijão

Para o feijão 1ª safra, aguarda-se em 2007 uma produção de 2,2 milhões de toneladas, 39,8% superior à obtida em 2006 (1,6 milhão de toneladas). Numa área a ser colhida de 2,5 milhões de hectares, a produtividade poderá alcançar 869 kg/ha. O principal motivo para esse acréscimo na produção de feijão foi o desempenho positivo dos preços na comercialização anterior. Os principais estados produtores, Paraná, Bahia e Minas Gerais, devem apresentar os seguintes acréscimos em relação à safra anterior: 26,3%, 223,7% e 35,2%, respectivamente, com produções de 569,5 mil toneladas, 235,6 mil toneladas e 237,0 mil toneladas.

Milho e soja

Considerando-se as culturas do milho 1ª safra e da soja, observam-se acréscimos nas produções esperadas de 12,9% e 8,0%, respectivamente. Aguarda-se para o milho, em 2007, um volume da ordem de 35,5 milhões de toneladas, e de 56,4 milhões de toneladas para a soja. Os níveis de produtividade situam-se nos patamares de 3.778 kg/ha para o primeiro e 2.726 kg/ha para a segunda. Entre os maiores estados produtores de milho 1ª safra, destacam-se Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Goiás, enquanto que, para a soja, sobressaem-se Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia. Ressalta-se que as condições climáticas encontram-se favoráveis ao desenvolvimento das lavouras e que para as variedades precoces a colheita já se iniciou.

No caso do milho 2ª safra, observa-se, nesta primeira estimativa, uma produção de 12,2 milhões de toneladas, 10,6% maior à colhida em 2006 (11,0 milhões de toneladas), devido à momentânea recuperação do preço do produto. O maior incremento deve ser verificado no Mato Grosso, que apresenta um volume de produção de 4,8 milhões de toneladas, 39,5% da produção nacional.

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