IEA-SP lança primeira tabela de custos de operação de máquinas e equipamentos agrícolas

O Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), do governo de São Paulo, divulgou recentemente a primeira tabela de custo de operação de máquinas e equipamentos agrícolas do ano, onde constam o valor do bem novo, o tempo de uso anual, a depreciação horária, a duração e o custo horário sem depreciação. Mais de 60 máquinas e implementos estão presentes na relação do IEA.

O estudo é uma importante ferramenta para o produtor. Segundo a pesquisadora Marli Dias Mascarenhas Oliveira, "A tabela é importante porque o gasto com máquinas é de 20% ou mais do custo das culturas. O produtor deve conhecer esses números para gerenciar as operações com máquinas e tentar diminuir seus custos de produção". Sua adequada utilização evita possíveis gastos desnecessários e, conseqüentemente, prejuízos aos agricultores.

Marly cita como exemplo, o valor de uma colhedora de algodão nova, que custa atualmente R$ 297,641 mil e pode ser utilizada 480 horas por ano e tem uma depreciação horária de R$ 33,07. "Essa depreciação ocorre de qualquer maneira, seja pelo uso da máquina ou por obsolescência tecnológica. Por isso, é necessário maximizar o número de horas de uso para diminuir o impacto desses custos", explica a pesquisadora.

Para medir a depreciação horária, o IEA utiliza método aceito pelo governo federal, informado na declaração de renda do produtor. O custo horário sem depreciação varia de acordo com o nível de uso da máquina. São os gastos com combustível, óleos, lubrificantes, filtros, pneus e peças de reposição, entre outros. Para saber o valor horário da operação, soma-se o custo horário do trator com o custo horário do implemento que irá realizar a operação, além de considerar o salário do tratorista.