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IGP-DI acelera em linha com previsão, tomate é destaque

A inflação pelo IGP-DI praticamente dobrou em março, pressionada pelos alimentos in natura, com destaque para o tomate


A inflação pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) praticamente dobrou em março, pressionada pelos alimentos in natura, com destaque para o tomate, mas ficou em linha com a previsão do mercado.

A alta do indicador foi de 0,70 por cento em março, acima da variação positiva de 0,38 por cento de fevereiro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.

Dessa taxa, o tomate contribuiu com 0,21 ponto percentual. "O produto que mais pressionou o IGP-DI foi o tomate, devido a questões climáticas que afetaram a oferta", disse Salomão Quadros, economista da FGV.

Outro impacto forte veio dos bovinos. Segundo Quadros, técnicos do setor relataram que houve um abate maior de matrizes recentemente em razão de uma alta demanda e que agora a reprodução está mais lenta, o que diminui a oferta.

Com isso, entre os componentes do IGP-DI, o Índice de Preços por Atacado (IPA) acelerou a alta a 0,80 por cento em março, ante alta de 0,52 por cento em fevereiro.

O IPA agrícola teve aumento de preços de 0,46 por cento, seguindo a queda de 0,19 por cento no mês anterior. O principal aumento individual de preços no atacado veio do tomate, de 53 por cento.

Apesar dessa aceleração mês a mês, o IPA agrícola desacelerou em relação à alta de 1,16 por cento apurada pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de março, que mediu os preços no mês encerrado em 20 de março.

Em safra, a soja foi um dos produtos que ajudou nessa desaceleração entre os índices, contribuindo com menos 0,48 ponto percentual para o IGP-DI do mês.

Varejo

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também subiu no mês passado, atingindo alta de 0,45 por cento. No mês anterior, o indicador tinha ficado estável.

Os custos de Alimentação avançaram 0,62 por cento em março, após caírem 0,38 por cento em fevereiro. A principal alta individual de preços no varejo também foi do tomate, de 24 por cento.

Outro destaque foi o pão francês, com alta de 2,26 por cento, a maior desde dezembro de 2002, em razão do recente aumento do trigo.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,66 por cento em março, variação menor comparada ao aumento de 0,40 por cento em fevereiro.

No ano, o IGP-DI acumula alta de 2,08 por cento e nos últimos 12 meses, de 9,18 por cento. Foi a maior leitura em 12 meses desde abril de 2005.

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