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IICA aplica oficina para projeto de sanidade agropecuária na Bahia


Estado terá agenda estratégica para implantação do PNSCO

O IICA, por meio de sua área técnica Sanidade Agropecuária e Inocuidade dos Alimentos (SAIA), realiza desde ontem, em Salvador, um seminário/oficina para discutir proposta de Projeto Piloto de Sanidade dos Caprinos e Ovinos na Bahia.

Cerca de 50 participantes entre representantes dos governos Estadual e Federal, associações de criadores, academia, pesquisadores, sindicatos, empresários e instituições financeiras conheceram as diretrizes e estratégias de ação para construção do Projeto Piloto do Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos (PNSCO) na Bahia de forma sustentável.

Eduardo Seixas de Sales, secretário de agricultura da Bahia, destacou que o “encontro possibilita unir todos os setores da produção, o que facilita a criação de um debate que aponte os gargalos do setor. Cada ator faz sua parte e apresenta suas ações. O encontro é fruto de uma demanda da cadeia caprino-ovinocultura”. Seixas ressaltou ainda que o estado da Bahia tem “potencial genético diferenciado, reunindo o maior rebanho de caprinos e segundo maior de ovinos, mas não temos tido a condição de suprir o mercado demandante de carnes. Por isso, precisamos saber que caminho trilhar para vencer este desafio”.

Para Edilson Maia, presidente da câmara setorial de caprinos e ovinos, e representante da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), “a Bahia é o lugar perfeito para começar este trabalho, que busca revolucionar a cadeia. É difícil entender a cadeia em todo território do Brasil, por isso, existe um trabalho de diagnóstico sendo realizado para apontar as características dos rebanhos nos estados”.

“Essa reunião é importante para tratar da sanidade, que é o tema numero um para o estado. Estamos no caminho certo e a parceria com o IICA irá nos levar a resultados rápidos. Acredito que este diálogo é o marco número um, para termos o resultado que esperamos nos trabalhos com caprinos e ovinos”, afirmou Edilson.

Caprino-ovinocultura na Bahia

O estado da Bahia destaca-se pelo número de seus rebanhos, totalizando mais de quatro milhões de cabeças. Cássio Ramos Peixoto, presidente da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), ressaltou que “o segmento é de estrema importância, e não se pode falar dessa cadeia sem sanidade”. “Estamos buscando o apoio da base científica. O Programa Nacional existe e precisa ser aplicado. A ADAB tem feito a integração dos setores, envolvendo todos os atores do processo, para que possamos oferecer respostas ao criador”, apontou Peixoto.

“A convergência de ações é uma necessidade que urge no estado da Bahia, no que diz respeito a produção de caprinos. É de extrema importância a inclusão dos colegiados territoriais”, afirmou Armando Soares, gerente de DRS do Banco do Brasil da Bahia.

Paulo Teofilo, represenante da Associação de produtores de caprinos da Bahia (ACOBA), ressaltou que “o momento que a caprino-ovinocultura vive hoje é bem diferente de alguns anos, temos países querendo importar animais da Bahia, mas a falta do plano de sanidade impossibilita a importação desses animais, então a implementação deste projeto é de estrema relevância”.

Lucia Maia, coordenadora de SAIA do IICA, falou sobre o credenciamento de laboratórios de diagnósticos das doenças dos caprinos e ovinos. A especialista do IICA apontou a importância da montagem de uma rede de laboratórios credenciados e os desafios do estado na temática da sanidade agrícola.

Lucia lembrou que “o IICA tem um alto nível de capacidade técnica variada, tudo isso, fruto de mais de 25 anos de existência e cooperação técnica no Brasil, inclusive na aplicação de oficinas de montagem de projetos e apontamento de novas oportunidades de cooperação entre os diversos atores”.

Nas atividades da tarde de hoje, os participantes montarão uma agenda estratégica para implantação do Programa.
 
As informações são da assessoria de imprensa do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

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