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IICA discute mudanças climáticas, agricultura e segurança alimentar

O 5º Fórum Virtual Mudanças Climáticas, Agricultura e Segurança Alimentar na América Latina aconteceu, dia 22 de setembro, com organização do IICA


O 5º Fórum Virtual Mudanças Climáticas, Agricultura e Segurança Alimentar na América Latina aconteceu, dia 22 de setembro, com organização do IICA.

“A agricultura deve basear-se em um novo modelo. Em qualquer caso, tem que emitir menos carbono, utilizar outros tipos de fertilizantes, agroquímicos e, necessariamente, usar menos água”, ressaltou Cassio Luiselli, economista mexicano e embaixador de seu país no Uruguai.

Sobre analisar os efeitos das mudanças climáticas na agricultura e a segurança alimentar, Luiselli destacou que “a agricultura moderna deve ter políticas de adaptação que se baseiem nas características de cada região e fez um chamado para atuar com urgência.

“Nada é segredo”, afirmou o economista, “a agricultura é um dos setores que mais emite Gases de Efeito Estufa, chega a 14% do total de emissões como setor isolado, embora neste valor deve-se adicionar a mudança do uso da terra, o que corresponde a 17% e outras variáveis, tais como transporte, indústria e alto consumo de água e energia”.

Ou seja, a agricultura é uma causa, mas também consequência, porque os efeitos do impacto das mudanças climáticas repercutem com especial força no setor agrícola, que também afeta a segurança alimentar dos países.
Para Luiselli, que foi diretor-adjunto da CEPAL e Vice-Diretor do IICA, “ao final dos anos 90 cobrou-se força para o modelo da agricultura sustentável, a necessidade de tornar sustentável a produção. Antes disso, a Revolução Verde provocou uma grande expansão do setor, mas com consequências ambientais negativas.

Os efeitos das Mudanças climáticas não são os mesmos. Países como Estados Unidos e China são os principais responsáveis dos gases de efeito estufa, as consequências afetam com maior proporção aos países em desenvolvimento.

Um dos efeitos mais alarmantes das mudanças climáticas é um possível aumento de até três graus na temperatura do planeta.

Para Luiselli, os efeitos são mais dramáticos na África Subsahariana, no Sul da Ásia e ao redor do Equador e dos Trópicos.

Ao comentar a palestra de Luiselli, o especialista em Políticas, Comércio e Agronegócios do IICA Manuel Jiménez disse que a América Central é “pequena na emissão, mas um receptor importante” dos efeitos das mudanças climáticas.

Afirmou ainda que os governos já estão se mobilizando para o combate aos efeitos, como a Estratégia Regional Agroambiental e de Saúde e a Estratégia Centroamericana de Desenvolvimento Rural Territorial, que tem entre seus eixos a mudança climática e a vulnerabilidade climática.

Em geral, as mudanças do clima produzirão uma diminuição de cultivos e de produtividade na pecuária, perdas de diversidade biológica, aumento do nível do mar e aumento de temperatura, entre outros. Esses impactariam imediatamente, por exemplo, a produção de arroz (-27%), de milho (-16%) e de trigo irrigado (-42%).

“A esses se somam problemas de estoques baixos, a renda estagnada e uma escassez de novas terras férteis, tornando impossível a abertura de novas fronteiras agrícolas, como foi no século XX”, destacou o professor mexicano. Outro dos grandes problemas, senão o mais grave é a falta de água. Atualmente tem menos água per capita do que há 20 anos, embora a demanda seja a maior.

As informações são da assessoria de imprensa do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

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