ILPF e mercado de carbono são debatidos em Campo Grande/MS
A meta de Mato Grosso do Sul é atingir 35 milhões de hectares com ILPF e se tornar estado neutro em emissão de CO2, até 2030
Texto: Joelen Cavinatto com revisão de Aline Merladete
A ILPF e o mercado de carbono foram tema do debate realizado pela Rede ILPF, Embrapa, nesta quinta-feira (11), no Sindicato Rural de Campo Grande/MS. A oportunidade reuniu autoridades, pesquisadores e produtores rurais.
O presidente da Aprosoja/MS e embaixador do carbono, André Dobashi ressaltou que o princípio da sustentabilidade é pensar no todo e que o produtor sul-mato-grossense sabe como proceder. “O papel do produtor é produzir como ele já sabe, e usar pesquisas, tecnologias e incentivo do governo para isso”, finalizou.
A integração entre lavoura, pecuária e floresta (ILPF) é uma estratégia que agrega benefícios ambientais, sociais e econômicos, e vem ganhando espaço na agropecuária nos últimos anos. Neste sistema, é possível unir em uma mesma área componentes de vegetais, pecuários e florestais, em cultivo consorciado, de sucessão ou rotação.
No Brasil, a área ocupada com o sistema é de 17,4 milhões de hectares e apresentou avanço de 52% de 2016 a 2021. O MS ocupa o primeiro lugar no ranking de área com implantação da estratégia, com 3,3 milhões de hectares e crescimento de 17,2% nos últimos dois anos. A expectativa é de que o estado atinja 35 milhões de hectares e se torne carbono neutro até 2030.
A ILPF é uma alternativa para o alcance das metas apresentadas pelo Brasil na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) ao Acordo de Paris, durante a COP-21, e é reforçada pelo Programa ABC+ do MAPA e pelos compromissos assumidos na COP-26.
Mais informações sobre a Rede ILPF podem ser obtidas pelo link.