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IMA/MG supera meta de fiscalização do vazio sanitário

A medida leva em conta a importância socioeconômica da cultura da soja e também os prejuízos causados pela incidência de ferrugem


O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) encerrou as fiscalizações do vazio sanitário da soja, ocorrido entre 1° de julho e 30 de setembro, com saldo positivo. Durante esse período, o cultivo do grão ficou proibido em todo o Estado. As informações são do delegado regional do IMA em Patrocínio, Luiz Carlos Oliveira.

A medida leva em conta a importância socioeconômica da cultura da soja e também os prejuízos causados pela incidência de ferrugem asiática, praga que atinge a sojicultura e provocou perdas de US$ 615,7 milhões apenas na safra 2006/07. A fiscalização do vazio sanitário nos 56 municípios mineiros produtores de soja ficou a cargo do IMA, órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), sendo investidos R$ 22 mil.

O gerente de Defesa Sanitária Vegetal do IMA, Nataniel Diniz Nogueira, afirmou que a meta era vistoriar 252 propriedades de soja. Os trabalhos se desenvolveram bem, atingindo 377 propriedades, 49,6% a mais do que o previsto. “Naquelas em que foi encontrada soja plantada, os fiscais do instituto notificaram os produtores para eliminação das plantas em prazo determinado, de acordo com o previsto na Portaria n° 854, de 19 de junho de 2007. Findo o prazo, eles retornaram às propriedades para constatar o cumprimento da determinação. Apenas um produtor não atendeu à notificação, o que implicou na emissão de auto de infração e abertura de processo contra ele”, afirmou o gerente.

Nogueira avaliou ainda que a maioria dos produtores se mostrou consciente da importância da medida e de se adequaram às normas do IMA. O que expressa o bom resultado das campanhas de conscientização executadas durante o vazio, com divulgação em rádio, TV, jornais, além da distribuição de folhetos. Também foram realizadas 14 reuniões com produtores, oportunidades em que foram abordados e esclarecidos assuntos relacionados à ferrugem asiática, ao vazio sanitário, suas conseqüências e a legislação reguladora do mesmo.

A pausa na plantação acontecerá todos os anos na mesma época. Em 2007, onze estados efetivaram a ação, sendo que oito deles harmonizaram o período com Minas Gerais. Para o diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, a medida é de total relevância para o controle da ferrugem asiática e, conseqüentemente, para o agronegócio mineiro .“O trabalho que o instituto realiza visa principalmente melhores condições para os produtores, com menos gastos com agrotóxicos, por exemplo. Isso possibilita automaticamente a garantia de alimentos de qualidade para os consumidores e uma boa safra para os produtores”, ressaltou.

Cadastro:

O vazio sanitário da soja se encerrou, mas as obrigações do produtor, não. Assim como especificado no artigo 2º da Portaria nº 854, que estabeleceu a interrupção do plantio, todo sojicultor deverá cadastrar junto ao IMA as áreas plantadas a cada safra, até 30 dias após o término do plantio.

O produtor deve procurar a unidade do IMA mais próxima a sua propriedade para realização do cadastro, sob pena de multa de R$ 2,5 mil e outras implicações previstas na Lei Estadual de Defesa Sanitária Vegetal, nº 15697, publicada em 25 de julho de 2005. Os endereços dos escritórios podem ser consultados no portal do Instituto: www.ima.mg.gov.br.

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