Implemento melhora controle de pragas em soqueiras
Equipamento permite aplicação de inseticida em duas linhas, simultaneamente

Um novo equipamento para aplicação de inseticida em duas linhas, simultaneamente, para cultura da cana-de-açúcar está sendo lançado pela DMB Máquinas Implementos Agrícolas, com sede em Sertãozinho (SP).
O Aplicador de Inseticidas em Soqueiras permite aprimorar o controle de pragas como Migdolus, Sphenophorus, broca peluda, cigarrinha-das-raízes, entre outros insetos, no período pós-colheita.
Além da versão de sulcação para duas linhas, há a opção de utilizar o implemento em três linhas. “O aplicador para duas linhas exige, no entanto, que se abra a bitola do trator para três metros. As duas linhas, de um metro e meio cada, passam embaixo do trator”, esclarece o engenheiro agrônomo Auro Pardinho, gerente de marketing da empresa.
As duas versões possuem discos que cortam a palha, criando condições favoráveis para a aplicação do inseticida nas linhas das soqueiras da cana, o que melhora o controle.
Impactos das pragas
Em situações mais extremas, o Sphenophorus levis provoca uma queda de produtividade entre 30% a 60%, o que pode ocasionar a antecipação da renovação da lavoura . O Migdolus é outra praga que requer a utilização de um sistema eficiente de controle, incluindo o uso de equipamentos avançados e de produtos de qualidade, que devem ser aplicados, no momento adequado, conforme a dosagem indicada por especialistas.
Apesar de ser menos comum, a broca peluda (Hyponeuma taltula), que causou recentemente prejuízos em algumas áreas de cana, exige também atenção especial. O aplicador de inseticidas em soqueiras proporciona inclusive bons resultados no controle dessa praga, porque ao cortar a palha na linha da cana, expõe a broca peluda à ação do agroquímico.
No caso da cigarrinha-das-raízes, a recomendação é acoplar ao implemento o kit desenleirador, que possibilita o afastamento da palha das linhas das soqueiras da cana. Com o desenleiramento, ocorre uma diminuição do número de aplicações e, consequentemente, do volume de inseticida utilizado para controlar a cigarrinha.