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Incertezas mantém preço do café elevado, diz Rabobank

Apesar de problemas na oferta, incertezas ainda pairam sobre a demanda


Foto: Pixabay

A depreciação do real brasileiro colaborou para que as cotações de café atingissem patamares recordes em março 2021, em média R$ 740/saca (60 quilos), 33% maior em relação a 12 meses, de acordo com informações divulgadas pelo Rabobank, em seu novo relatório. Tudo isso por conta da pandemia de Covid-19. 

“Um dos fatores que justificam esse aumento nos preços, é a perspectiva negativa em relação à colheita 2021/22 brasileira. Além da bienalidade produtiva menor, problemas climáticos impactaram seriamente a safra. O Rabobank estima o atual ciclo em 56,2 milhões de sacas, sendo 36 milhões do tipo arábica. Isto representa uma queda de 26,5% em relação a 2020/21, para o arábica. Dependendo do desenvolvimento dos grãos, novas reduções não estão descartadas. Paralelamente, existe uma grande preocupação sobre a qualidade da safra devido à irregularidade das chuvas durante o ciclo”, comenta. 

Apesar de problemas na oferta, incertezas ainda pairam sobre a demanda. Mesmo com um cenário promissor, com a ampliação das vacinações, as atuais restrições nas mais diversas regiões consumidoras devem limitar a demanda de café no S1 2021. “Adicionalmente, o Brasil possui grandes estoques de café de sua última safra para abastecer o mercado, lembrando de suas recentes exportações e o aumento de sua participação nos estoques da ICE-NY. Esses fundamentos ainda devem limitar as cotações no curto prazo. Neste contexto de volatilidade, aumento da participação dos fundos não-comerciais e incertezas na demanda, o Rabobank projeta os preços de café em Nova Iorque acima de USD 1,15/lp (USD 1,25-1,40/lp)”, completa. 

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