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Indea enfrenta risco de paralisação em MT

Servidores esperam do governo respostas para pauta de reivindicação


Servidores esperam do governo respostas para pauta de reivindicação. Cobram reestruturação da entidade responsável pelas ações de defesa sanitária

Autarquia responsável pelas ações de defesa sanitária nas áreas animal e vegetal, o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) vive elevado risco de paralisação. Servidores não descartam suspender as atividades caso os diálogos abertos com o governo do estado não avancem e a pauta de reivindicação não seja atendida em sua totalidade. Eles cobram maior reestruturação do Instituto, além da autonomia administrativa e financeira, de acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário e Pecuário do Estado de Mato Grosso (Sintap), Diany Dias.

Hoje, as decisões são colocadas em prática por um núcleo sistêmico composto por representantes de outros órgãos estaduais vinculados ao setor agropecuário, causando maior lentidão nos trâmites, principalmente porque há demandas de outras instituições.

Nessa terça-feira (31-07) servidores e governo voltaram a se reunir para discutir o assunto. "O que solicitamos ao governo não é um aumento salarial, mas a reestruturação do Indea e autonomia", afirmou Diany Dias, ao Agrodebate. Segundo ela, os servidores querem que o Instituto realize por si próprio a gestão tanto financeira quanto administrativa para acelerar os processos de defesa sanitária do estado.

"Toda a parte administrativa do Indea foi para este núcleo e queremos que volte para o Instituto. Não teremos que contratar mais servidores, pois os que faziam esse papel já estavam no quadro do Indea. Pedimos que a autarquia deixe o núcleo", pontuou a presidente do Sindicato dos Servidores.

Diany Dias considera que o Instituto perdeu a agilidade desde que o núcleo assumiu a responsabilide de colocar em prática as decisões tomadas pelos órgãos. "Engessa porque a autarquia [Indea] foi criada para desenvolver rapidez e eficácia nas demandas", explicou.

Atualmente, o núcleo agropecuário envolve também a Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf) e as entidades vinculadas, como Empaer e Intermat. Hoje, 666 servidores atuam no Instituto de Defesa Agropecuária em Mato Grosso, mas até o final do ano o número deve cair para 532 em função das aposentadorias, como estima o Sindicato. Ao todo, 138 municípios são atendidos por meio de bases ou unidades instaladas em diferentes municípios do estado.

"Suspendemos temporariamente a paralisação, pois queremos ver a dinâmica que será feita pelo governo. Vamos pontuar o que é urgente e quais as prioridades. Não é uma decisão técnica, mas política a retirada do Indea do núcleo sistêmico", afirma ainda Diany Dia.

Por sua vez, o presidente do Indea em Mato Grosso, Jurandir Taborda, diz que a pauta de reivindicação dos servidores tem sido levada até o governo. Por outro lado, ele avalia que existem limitações. "O Indea arrecada, mas não tem autonomia da gestão", pontuou o presidente.

Ainda nesta quarta-feira (1) o Sintap deve protocolar junto à Casa Civil de Mato Grosso um novo documento elencando as prioridades da categoria.
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