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Índia prevê substituir parte do óleo de palma por soja

O País deve importar este ano 1,6 milhão de toneladas de óleo de soja


Por conta da valorização do óleo de palma no mercado internacional, a Índia deve reduzir a importação desse produto e aumentar a de óleo de soja. Somente no mês de maio, o derivado da palma valorizou-se 33%. No ano, foram 58%. Por conta disso, segundo o presidente da Associação dos Extratores de Óleo da Índia, A.R. Sharma, o País deve importar este ano 1,6 milhão de toneladas de óleo de soja, ante a previsão inicial de 1,45 milhão de toneladas. "Brasil e Argentina são nossos principais parceiros", resume o executivo.

Atualmente, a Índia consome 12 milhões de toneladas de óleos vegetais. Desse total, 7 milhões de toneladas vêm da produção interna e, o restante, de importação. Dos 5 milhões de toneladas comprados do exterior, em torno de 3 milhões de toneladas são de óleo de palma, 1,5 milhão de toneladas de soja e o restante, de outros óleos, como de girassol.

Mesmo com taxa de importação de 80%, o derivado de palma tinha preços mais competitivos que os de soja. No entanto, o aumento da demanda por biodiesel na Europa a partir da palma fez os preços dispararem e, mesmo com a redução da tarifa de importação para 50% este ano, os preços desse óleo estão mais altos que os feitos a partir da soja, explica Sharman.

A Índia é o terceiro maior comprador de óleo de soja do Brasil. No ano passado, compraram 225 mil toneladas das indústrias brasileiras, segundo Associação Brasileira das Indústrias Vegetais. Com mais de 1 bilhão de habitantes e economia crescendo 10% ao ano, a Índia projeta consumir, em 2015, 20 milhões de toneladas de óleos vegetais por ano, 66% mais que o atual. Em torno de 40% continuarão a ser importados.

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