Índia vai reduzir exportações de farinha de trigo

A Índia está exigindo que os comerciantes obtenham permissão antes de exportar farinha de trigo e produtos relacionados, informou a Reuters, citando um aviso publicado pelo governo. Em maio, a Índia proibiu as exportações de trigo em meio à queda na produção devido a uma onda de calor escaldante e um aumento nos preços domésticos. Após a proibição, a demanda por farinha de trigo saltou de países vizinhos lutando para garantir trigo a preços mais baixos de outros fornecedores.

O governo restringiu a exportação de farinha de trigo e outros produtos relacionados, como maida, rava (samolina), atta integral e atta resultante. Todos os exportadores precisarão obter permissão prévia de um comitê interministerial de exportação de trigo antes que qualquer embarque seja feito. De acordo com uma notificação da Direção Geral de Comércio Exterior emitida em 6 de julho, as restrições começarão em 12 de julho.

A invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro e o subsequente bloqueio fizeram com que os preços mundiais do trigo disparassem e levaram a sérias preocupações com a escassez de alimentos, principalmente nos países mais pobres que dependem dos países do Mar Negro para a commodity. A Rússia e a Ucrânia respondem por cerca de 30% da oferta mundial de trigo.

A Índia esperava uma safra abundante de trigo até que temperaturas anormalmente altas prejudicaram as projeções de rendimento e frustraram as esperanças de maiores exportações para atender à demanda mundial. Ao contrário do trigo, a Índia não proibiu totalmente a exportação de farinha de trigo e produtos relacionados. Os preços da farinha de trigo se estabilizaram desde 13 de maio, quando foi iniciada a proibição de exportação de trigo.