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Índia volta a importar açúcar do Brasil

A commodity está sendo comprada com isenção de impostos por ser beneficiada na forma de açúcar refinado ou branco para exportação


A Shree Renuka Sugars Ltd., a maior refinaria de açúcar da Índia, comprou 30 mil toneladas de açúcar não-refinado (demerara) do Brasil, na primeira importação aquisição desde 2006. O açúcar tem chegada prevista para outubro em Haldia, porto da costa leste da Índia e local de operação da usina da empresa, que processa 2 mil toneladas ao dia. A unidade entrou em atividade em junho, segundo o diretor executivo da Shree Renuka, Narendra Murkumbi. De acordo com ele, a commodity está sendo comprada com isenção de impostos por ser beneficiada na forma de açúcar refinado ou branco para exportação.

As compras no mercado externo por parte da Índia, a maior consumidora mundial de açúcar, deverão impulsionar os preços mundiais, que subiram 50 por cento no último período de 12 meses. A produção interna deverá totalizar 22 milhões de toneladas no período de um ano-safra a ser iniciado em outubro próximo, volume inferior ao deste ano-safra, de 26,5 milhões de toneladas, disse a Associação Indiana de Usinas de Açúcar. O país comprou açúcar da última vez no ano-safra 2005/06.

"A matéria-prima doméstica não está disponível, e comprar do mercado à vista no Brasil é mais atraente", disse Murkumbi. "`Deveremos importar mais açúcar não-refinado depois de dezembro." A Shree Renuka assinou um contrato com o brasileiro Grupo Copersucar em 2006 para a compra de açúcar não-refinado. O açúcar não-refinado brasileiro, ao preço de US$ 300 a tonelada FOB (com frete e seguro por conta do destinatário), é mais barato que o comercializado pelos fornecedores da Tailândia, disse Murkumbi.

"A Shree Renuka vai buscar importar do fornecedor mais barato e vender açúcar refinado ao preço mais elevado", disse Kiran Wadhwana, diretor da International Trading Co., sediada em Nova Délhi. ``Uma tarifa alta de importação vai evitar que se importe para vender no mercado local."

O açúcar importado para comercialização interna é taxado em 60 por cento.

As usinas da Índia, que deverão vender um recorde de 4,5 milhões de toneladas de açúcar no exterior este ano, vão suspender as exportações a partir de outubro para vender o produto no mercado interno, onde se prevê que a demanda aumentará no mês que vem, antes da festa de Diwali, comemorada em outubro, disse Wadhwana.

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