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Indústria de ave está aquecida neste início de ano

Se em 2006 as exportações brasileiras foram prejudicadas pela "crise da gripe aviária" na Europa e Ásia, em 2007 a doença está favorecendo o setor


Se no ano passado as exportações de frango brasileiro foram prejudicadas pela "crise da gripe aviária" na Europa e Ásia, em 2007 a doença está favorecendo o setor. Indústrias do Sul e Sudeste têm registrado um número maior de pedidos de importação desde o final do mês passado e início deste.

A expectativa destas empresas é que as vendas externas deste ano sejam até 15% superiores às registradas em 2005 - melhor ano do setor, antes da queda decorrente da gripe aviária. Com isso, o País pode superar a barreira de US$ 3,5 bilhões e 2,9 milhões de toneladas, projetadas anteriormente.

"Nunca tivemos tanta consulta lá de fora quanto agora", diz Luiz Carlos Costa, diretor-superintendente da mineira Pif Paf Alimentos. Segundo ele, os pedidos são tantos que a empresa não está conseguindo atender a demanda. As maiores consultas, diz, vêm da Rússia e do Oriente Médio. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento mostram que em janeiro as exportações brasileiras caíram 6,86% em receita, somando US$ 281 milhões - mas nos mercados indicados por Costa houve crescimento. Apenas na Rússia as vendas foram mais de 30% superiores. Considerando os números de 2005, o resultado de janeiro foi superior em 50%. "A melhor carne do mundo está no Brasil", afirma Costa.

Na gaúcha Frinal Alimentos também há um aumento de pedidos, segundo o diretor da empresa, Luís Fernando Ross. "No ano passado houve retração, mas agora o consumo voltou aos níveis de 2005 e deve subir aproximadamente 5%", acredita Ross.

No Paraná, as empresas locais também estão recebendo mais pedidos de compras. "Janeiro foi muito bom, acima das expectativas. E em fevereiro as expectativas são melhores ainda", diz Domingos Martins, presidente da Associação dos Avicultores do Paraná (Avipar). Segundo ele, há muita solicitação de preço de quase todos os países que compram do Paraná. Martins acrescenta que os resultados - ainda não consolidados - de janeiro são históricos, pois tradicionalmente o último mês do ano e o primeiro seguinte têm desempenhos fracos devido ao clima no Hemisfério Norte. "O Brasil é tido como um país livre da influenza aviária. E a sanidade está sendo bem cuidada. Isso é um fator importante. O Brasil tem quantidade, qualidade e preço", afirma Martins. Ele acredita em crescimento de 10% a 15% sobre os resultados de 2005.

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