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Indústria de café vai repassar novamente reajuste

No mês passado, o setor industrial reajustou os preços entre 15% e 20%


A indústria de café prevê repassar ao varejo mais uma vez a alta de preços do produto pago ao cafeicultor. No mês passado, o setor industrial reajustou entre 15% e 20%. A estimativa é que ocorram aumentos na mesma magnitude até fevereiro. Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Almir José da Silva Filho, ainda existe uma defasagem da ordem de 15% a 20% que não foi repassada aos varejistas.

Os preços da matéria-prima ainda não chegaram a um patamar de acomodação. O analista da Safras & Mercado, Gil Barabach, diz que as expectativas são de alta até o início da colheita, que ocorre em meados de maio. As cotações - que vinham caindo no primeiro semestre do ano refletindo as perspectivas de uma colheita brasileira grande no ciclo 2006/07 - começaram a se recuperar a partir de julho mediante às expectativas de uma colheita menor na safra 2007/08 e, consequentemente, da redução dos estoques mundiais. De acordo com a Safras & Mercado, a saca de café negociada com a indústria brasileira (tipo 6) que chegou a ser vendida a R$ 170,00 em julho, fechou 2006 cotada a R$ 220,00 - um aumento de 29,41%. O vice-presidente da Abic diz que os preços subiram 50% em média no segundo semestre do ano.

O conilon pegou carona com a oferta mundial menor e foi o que mais subiu. A saca deste tipo de café iniciou 2006 a R$ 120,00 e fechou o ano em R$ 240 - um incremento de 100%. "Se há escassez de um tipo, os de menor preço acabam tendo uma participação maior nos blends??, explica Silva Filho. Ele acrescenta que a diferença de preço entre o conilon e arábica é a menor dos últimos 10 anos - geralmente o preço do conilon é 50% menor que o do arábica.

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