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Indústria encerra compras de fumo desta safra

As empresas prevêem para a próxima semana a conclusão do recebimento do produto


As empresas fumageiras ligadas ao Sindicato da Indústria do Fumo (Sindifumo) prevêem para a próxima semana a conclusão do recebimento do produto da safra 2006/07. Cálculos do setor indicam que resta a comercialização de aproximadamente 2% das mais de 700 mil toneladas de fumo previstas. O ritmo de beneficiamento de tabaco também começa a diminuir e, em agosto, boa parte dos 13 mil safreiros em Santa Cruz do Sul, Vera Cruz, Vale do Sol e Sinimbu terão os contratos rescindidos, segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Fumo e Alimentação (Stifa).

Com a proximidade do final do período de compras, os fumicultores voltaram a mostrar a sua insatisfação com os preços praticados pelas indústrias. Em junho e no começo deste mês, o valor pago ao produtor reagiu, ultrapassando o de tabela. A melhora na cotação do produto ocorreu porque atravessadores começaram a percorrer o interior para arrematar o fumo que ainda estava nos galpões e também porque a própria indústria precisava das arrobas para cumprir contratos com compradores. "Às vezes acontece de as empresas precisarem de um determinado tipo de fumo e irem em busca de arrobas no interior. Mas são casos isolados", disse o presidente do Sindifumo, Iro Schünke.

O recém-eleito presidente da Afubra, Benício Werner, afirma que o sistema integrado de produção não funciona mais como deveria, com problemas na relação indústria-produtor. Ele defende que o assunto seja amplamente debatido. O aparecimento de cada vez mais atravessadores é considerado preocupante pelo dirigente, bem como o surgimento de novas empresas durante a safra, sem que haja planejamento e integração com agricultores.

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