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Indústria repudia soja de desmatamento

As indústrias brasileiras de óleo vegetal reafirmaram compromisso de não comprar soja oriunda de áreas desmatadas na Amazônia


As indústrias brasileiras de óleo vegetal reafirmaram compromisso de não comprar soja oriunda de áreas desmatadas na Amazônia, em reunião entre o Ministério do Meio Ambiente e representantes das entidades do setor, a Abiove e Anec.

O primeiro acordo foi firmado em 2006 e hoje o setor apresentou ao governo novo relatório de monitoramento da safra 2008/2009.

Na última safra, informaram as entidades, foram monitorados 630 polígonos em 46 municípios do bioma Amazônia, num total de 157.896 hectares - tendo sido identificadas 12 áreas com soja, somando aproximadamente 1.385 hectares de área plantada.

Em 2007, o monitoramento feito por sobrevôos não identificara nenhuma área desmatada ocupada com soja. Os dados do monitoramento indicam que a expansão da produção da soja é muito baixa naquela região, segundo a Abiove, cerca de 0,88% da área fiscalizada.

Das novas áreas com soja, a quase totalidade está no Mato Grosso e menos no Pará.

A comercialização da produção será feita considerando o levantamento de propriedades que plantaram soja em novas áreas desmatadas e qualquer compra estará condicionada a consultas.

A soja produzida em áreas desmatadas após o acordo - que tem o título de Moratória da Soja - não será comprada. Para os pré-financiados que desrespeitaram a Moratória, a produção proporcional à área desmatada será recusada, e o acesso desses produtores a crédito na safra 2009/2010 será restringido.

Nas compras realizadas por meio de terceiros, o procedimento será semelhante: não será admitido produto oriundo das áreas desmatadas após julho de 2006.

Para a indústria, a Moratória garante a origem da soja a consumidores, principalmente importadores. Os dados do monitoramento estão no site www.abiove.com.br.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, informou que, além da aprovação da MP de regularização fundiária e do pagamento pelos serviços ambientais, o governo vai destinar R$ 5 milhões para acelerar o cadastramento ambiental rural.

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