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Indústrias de frango repassam alta dos grãos

As receitas do setor poderão superar as estimativas iniciais para o ano


As receitas com as exportações de carne de frango poderão superar as estimativas iniciais para o ano, que eram de US$ 3,42 bilhões. Apenas nos dois primeiros meses, o País comercializou com o exterior 441,2 mil toneladas de carne de frango - variação de 6,95% em relação ao mesmo período de 2006, somando US$ 561,7 milhões (alta de 7%). Os preços mais altos é que possibilitaram este crescimento na receita.

A estimativa da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef) era que as vendas voltassem aos patamares de 2005 - ano com exportações recordes - o que significaria um valor 7% maior que o registrado em 2006. Agora acredita-se que o crescimento possa ser superior às projeções. "Ainda não temos previsão, mas certamente será acima do esperado anteriormente", acredita Ricardo Gonçalves, presidente-executivo da Abef. Segundo Gonçalves, as cotações internacionais do frango estão mais altas porque o preço do milho - principal matéria-prima para as rações - está superior. Apenas neste ano, os valores subiram 10% e, em todo ano passado, 77%.

O preço médio obtido no bimestre é de US$ 1,27 o quilo, acima do previsto pela Abef para 2007, de US$ 1,20 o quilo. Gonçalves diz que em março os embarques estão saindo a US$ 1,32 o quilo. O presidente-executivo acrescenta que ainda existe margem para a correção das cotações do frango em virtude da alta do preço do milho.

Os resultados do bimestre foram influenciados pelo desempenho de fevereiro, pois no mês anterior as vendas foram menores. Apenas em fevereiro, os embarques foram de 232,2 mil toneladas, um aumento de 16,76% em relação ao mesmo mês de 2006. A receita cambial totalizou US$ 296,7 milhões, alta de 21,48% na mesma comparação. Segundo Gonçalves, o aumento é fruto de uma recuperação "pós-crise da gripe aviária", quando as remessas haviam caído. "O consumidor está sabendo administrar melhor a situação", diz. Além disso, segundo o executivo, o fato de não terem começado a funcionar ainda as cotas para a União Européia - que se iniciam em julho - ajudou no incremento, que foi beneficiado também por compras maiores do Oriente Médio.

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