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Indústrias e cooperativas de soja do RS são fiscalizadas pela Polícia Federal


Três indústrias receptoras de soja e três unidades de cooperativas em Passo Fundo, Carazinho, Erechim e Getúlio Vargas, no Rio Grande do Sul, receberam ontem (12-02) a visita da Polícia Federal de Passo Fundo para fiscalizar estoques em busca de sementes transgênicas. A iniciativa é inédita no Estado, porque até então vinham sendo recolhidos lotes apenas nas propriedades. Por ser entressafra, os silos estavam semi ou totalmente vazios. As sementes que puderam ser coletadas foram enviadas à perícia da PF em Porto Alegre. O resultado deverá ser divulgado hoje.

"O material contaminado será apreendido. Na entrega na próxima colheita, iremos fiscalizar novamente. Se for confirmada transgenia, os agricultores não terão para quem vender - alerta um dos delegados da PF", Mário Vieira. A pedido da procuradoria do Ministério Público Federal de Passo Fundo, a PF instaurou oito inquéritos contra proprietários de fazendas onde foi comprovada a presença de soja transgênica. Estimativas extra-oficiais indicam que a maior parte dos grãos colhidos no Estado estão irregulares. As sementes foram contrabandeadas da Argentina há cerca de quatro a seis anos e são multiplicadas em solo gaúcho.

O comprador de soja da Indústria de Óleos Vegetais da Companhia Zaffari, em Passo Fundo, Ivo Dagostini, explica que não são aplicados testes de transgenia na hora da compra, e o mesmo ocorre nas demais empresas. Não há equipamentos para tanto, admite: "Fazemos os testes de padrão de qualidade, como umidade e peso. Se realmente proibirem os transgênicos (se houver uma ofensiva contra a entrega dessa produção agora), nós vamos junto. Eu também sou empregado", afirma.

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