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Infocafé de 05/06/20

A bolsa de N.Y. finalizou a sexta-feira em alta


Foto: Pixabay

A bolsa de N.Y. finalizou a sexta-feira em alta, a posição julho oscilou entre a mínima de -1,10 pontos e máxima +1,60 fechando com +0,75 acumulando na semana +2,60 pts.

 Demanda do café é incerta e cotações sentem pressão

Passadas as preocupações sobre a colheita do café no Brasil por conta das restrições ligadas à pandemia do coronavírus e do distanciamento social, pois muito dela ainda é feita de forma manual, o país se volta para as incertezas em torno do consumo da bebida neste momento tão singular vivido aqui e em outros países ao redor do globo.

“Os produtores foram rápidos, analisaram os protocolos impostos pela área da saúde e, imediatamente as adaptaram em suas estruturas e a incerteza é em relação ao consumo global que hoje é uma incógnita para todos”, destacou Fernando Mellão Martini, da corretora Mellão Martini, associada à Bolsa Brasileira de Mercadorias.

Em relação aos negócios, Mellão destaca que os mesmos foram alavancados pela alta do dólar em março/abril desse ano, quando a moeda norte-americana se aproximou do patamar dos R$ 6,00 em um recorde nominal histórico (sem considerar a inflação), mas o cenário mudou.

Os levantamentos desta semana mostraram que o mercado do café continuou pressionado nos últimos dias acompanhando as recentes desvalorizações do dólar, com queda de 8% no acumulado da semana, chegando a ficar abaixo dos R$ 5,00 nesta sexta-feira, o que ocasionou uma semana travada em relação a novos negócios.

 Apesar dos negócios travados, a corretora ressalta que o que se nota é a antecipação nas entregas para cumprir os compromissos futuros já realizados. Para os próximos dias, não há grande expectativa de mudança de panorama. “Com a entrada da safra, o mercado tende a continuar pressionado de olho nas condições climáticas de frio e chuva, bem como, no comportamento do dólar”, ressaltou o corretor.

 Um olho na safra brasileira e, outro, na safra colombiana. A Colômbia, terceiro maior produtor mundial da commodity atrás somente do Brasil e do Vietnã, registrou em maio um aumento de 6% na sua produção. “Todo aumento de safra nos países produtores deixam o mercado nervoso, mas acreditamos que, devido à pandemia, a maior preocupação está realmente ligada ao consumo mundial de café”, ressaltou.

 No Brasil, a pressão nas cotações pode ser percebida nas diferentes regiões produtoras. No acumulado dos últimos 30 dias, o indicador de preços do café (arábica) da Bolsa Brasileira de Mercadorias, aponta para quedas expressivas em todas as regiões pesquisadas. Em Guaxupé (MG), por exemplo, a desvalorização chega a 13,79%, e o preço da saca é de R$ 500,00 nesta sexta. Na região de Franca (SP), a queda mensal já ultrapassa os 15%.

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