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Infocafé de 11/09/20

A bolsa de N.Y. finalizou a sexta-feira em alta


Foto: Pixabay

A bolsa de N.Y. finalizou a sexta-feira em alta, a posição dezembro oscilou entre a máxima +0,85 pontos e mínima de -2,40 fechando com +0,75 acumulando na semana -1,55 pts.

A moeda norte-americana subiu 0,26%, cotada a R$ 5,3328. Na cena externa, permanece a cautela, após elevados pedidos de auxílio-desemprego nos EUA apontarem para uma recuperação econômica ainda difícil à frente. A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou nesta sexta que a recuperação da Europa está incompleta e irregular, e que os governos precisam fazer mais para superar crise. "Sem complacência! Nossa política monetária expansionista precisa do suporte da política fiscal, e nenhum de nós pode ter complacência no momento", disse. Na agenda de indicadores domésticos, o IBGE divulgou nesta sexta que o setor de serviço avançou 2,6% em julho, mas ainda sofre para se recuperar de pandemia.

Assim como vem sendo observado no sul de Minas Gerais, as condições das lavouras de café no Cerrado Mineiro também geram muita preocupação para o produtor local. Após terminar uma colheita volumosa e de muita qualidade, a nova safra já começa com potencial de perda de produtividade, consequência da falta de chuva e das altas temperaturas. Marcelo Barbosa, produtor de café em Campos Altos/MG, afirma que "a situação é de calamidade e que o setor ainda não entendeu a gravidade do problema". Segundo Barbosa, não chove de maneira expressiva na região desde março e a última precipitação na sua lavoura foi há duas semanas, mas com acumulado de apenas 7 mm. A última chuva, em Agosto, não aliviou as condições do solo, mas foi suficiente para abertura de florada em diversas regiões do estado mineiro. De acordo com José Donizeti Alves, professor e pesquisador da Universidade Federal de Lavras (UFL), a florada abriu entre 20 e 30% da área de produção de café de Minas Gerais.

Deste montante, devido às condições climáticas, pelo menos 50% não deve ter um pegamento de florada satisfatório para a próxima produção. "O Inverno foi muito seco e com temperatura muito elevada. Tivemos essa chuva que abriu a florada e a dúvida agora é saber se vai ter o pegamento ideal. As previsões nos indicam chuvas apenas no dia 30 de setembro e pode ser muito tarde", comenta o pesquisador. Destaca ainda que as condições são graves tanto para as lavouras com irrigação e para os produtores que ainda produzem em sequeiro. "Depois que a flor abriu, durante os próximos 15/20 dias nós precisamos de umidade e temperaturas mais amenas, o que não está acontecendo", complementa. Para os produtores que não trabalham com irrigação a preocupação é dupla, tendo em vista que não há formas para lidar nem com a umidade do solo e nem com o calor excessivo. Caso as previsões se confirmem, o tempo neste final de semana pode agravar a situação.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu durante esta semana um alerta laranja de onda de calor para todo o Sudeste brasileiro, onde as temperaturas podem ficar 5 graus acima da média esperada. "Infelizmente não há nada o que o produtor possa fazer para minimizar esses problemas agora. Claro que as lavouras bem nutridas e que tiveram os tratos no pós colheita vão sentir menos o impacto. Mas também me preocupa lá na frente, quando o fruto começar a crescer e quando chegar em outubro e novembro, não haverá enchimento de grão", complementa. Para matéria completa acessem: https://cutt.ly/2fUcRPC

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