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Inmetro analisa peixes e azeites

Consumidores devem se atentar à forma de preparo e utilização de tais produtos


Com a chegada da Semana Santa, os supermercados enchem de consumidores em busca de ingredientes para o almoço especial de Páscoa. Entre os itens mais visados, além do Ovo de Páscoa, estão os peixes e os azeites. Diante da necessidade de prestar informações úteis a estes consumidores, nessa época em que o consumo aumenta consideravelmente, o Inmetro resolveu analisar diferentes tipos de peixes e azeites, a fim de verificar os teores de gordura e colesterol contidos em suas composições.


Os resultados das análises em peixes demonstraram que os peixes Filhote e Pescadinha foram os que apresentaram maior teor de lipídios, ou seja, são os mais gordurosos para o modo grelhado. Por outro lado, os peixes Badejo e Robalo foram os que apresentaram o menor teor de lipídios, sendo conseqüentemente, os menos gordurosos. Quanto ao colesterol, comparando os diversos tipos de peixe na versão grelhada, o Badejo, seguido do Namorado, foram os peixes que apresentaram os menores teores de colesterol. O Pirarucu apresentou o maior teor de colesterol quando refogado em azeite extra-virgem e em óleo, significando que, ao comer 300g de Pirarucu refogado em azeite, o consumidor estará no limite da sua cota máxima diária.

No que diz respeito ao teor de gordura saturada, para o modo de preparo grelhado, os peixes que apresentaram maiores teores foram o Filhote, a Truta e a Pescadinha. O Badejo, novamente, foi o peixe que apresentou o menor teor.

Com relação aos ácidos graxos essenciais, ômega 3 e ômega 6, os resultados encontrados ratificaram a necessidade de equilíbrio entre o alto teor de ômega 3 e o baixo teor de saturados. "A ingestão de peixe é benéfica à saúde, pois sua carne é rica em vitaminas, minerais e ácidos graxos essenciais que reduzem o risco de doenças cardíacas. Contudo, a escolha do modo de preparo é fundamental para a manutenção dos benefícios desse alimento", afirma Alfredo Lobo, diretor da Qualidade do Inmetro.

A análise dos azeites evidenciou que o de dendê é o menos adequado ao consumo diário: mais de 40% do total de ácidos graxos são saturados. O contrário ocorre com os azeites de oliva em geral, cujos teores de ácidos graxos saturados não ultrapassam 25%. A influência do calor da fritura na perda do perfil de ácidos graxos dos azeites foi outro item analisado. Para tanto, não foi observada variação significativa no tempo de aquecimento estudado. "Entretanto, vale ressaltar que o uso de um azeite em fritura por tempo muito prolongado pode prejudicar a qualidade nutricional do mesmo", alerta Lobo.


Para os testes, o Inmetro utilizou nove tipos de peixes, em posta e filé, categorizados como água doce (Pirarucu, Filhote e Truta), alto mar (Badejo e Cherne) e costa (Pescadinha, Robalo, Sardinha e Namorado); e quatro diferentes tipos de azeite: virgem, extra- virgem, oliva e dendê, nacionais e importados.

Diante dos resultados encontrados, o Inmetro enviará os relatórios das análises aos Ministérios da Saúde e da Pesca e Aquicultura, a fim de fomentar uma discussão que possa contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas preventivas voltadas à saúde e à reeducação alimentar dos brasileiros. 

Os relatórios das análises podem ser conferidos, na íntegra, no site  www.inmetro.gov.br.

As informações são da CDN

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