Inovações agroalimentares vão da genética aos robôs

Um grupo internacional de quase cinquenta cientistas identificou 75 inovações emergentes e desenvolveu 8 pontos de ação com o objetivo de acelerar a transição para um sistema alimentar sustentável e saudável. Os cientistas publicaram esses pontos de ação na revista Nature Food. 

"Identificamos 75 novas tecnologias que, combinadas, podem transformar toda a cadeia alimentar, da produção e processamento ao gerenciamento de consumo e resíduos, para atender às demandas do futuro por uma produção de alimentos significativamente maior, para proteger o meio ambiente e ser resistente às mudanças climáticas”, diz Svend Christensen, professor e chefe de departamento do Departamento de Ciências Vegetais e Ambientais da Universidade de Copenhague. 

Algumas das tecnologias mais conhecidas incluem inteligência artificial, robótica, engenharia genética, produção de microalgas e cultivo vertical. Outros incluem cereais fixadores de nitrogênio que não requerem fertilizantes artificiais, polímeros biodegradáveis e insetos reprodutores para ração e alimento animal. 

Embora cada uma dessas tecnologias se destaque por sua capacidade de reduzir a pegada climática, existem compensações que autoridades públicas e tomadores de decisão devem adotar. Entre outras coisas, os pesquisadores citam o uso de OGM e edição de genes, bem como diferentes níveis de acesso a novas tecnologias de um país para outro. 

“Não há dúvida de que isso exigirá o apoio e grandes investimentos dos políticos, para que as tecnologias e o conhecimento estejam disponíveis no maior número possível de países. Ao mesmo tempo, essas tecnologias precisam ser testadas e adaptadas para uso em toda a cadeia alimentar, da fazenda à mesa. Isso requer investimento considerável e aceitação de algumas das tecnologias que devem ser desenvolvidas e adaptadas ao longo de muitos anos. Mas este é o caminho a seguir se quisermos resolver esse enorme desafio”, diz Svend Christensen.