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Inscrições para o Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja do CESB estão abertas

Sojicultores poderão se auto desafiar para produzir mais, com sustentabilidade e rentabilidade


Os sojicultores que desejarem se auto desafiar para obter ganhos de produção em suas propriedades já podem se inscrever na 12ª edição do Desafio CESB de Máxima Produtividade de Soja. O Desafio promovido pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB) é um dos principais eventos na área da cultura de soja do Brasil e pode ser considerado como um dos principais meios de contribuição para a elevação da média de produtividade da oleaginosa no País, que se consolidará como o maior produtor e exportador de soja do mundo na safra 2019/2020 de acordo com dados de empresas do setor, como a consultoria INTL FCStone e a Safras & Mercado. As inscrições para o Desafio do CESB poderão ser realizadas pelo site do Comitê (www.cesbrasil.org.br) até 31 janeiro de 2020.

As áreas inscritas devem ter entre 2,5 e 10 hectares e podem concorrer em uma das duas categorias do Desafio: plantio irrigado ou não irrigado (sequeiro). Nesta edição, foi adotado um novo sistema de inscrições, com uma interface mais moderna e intuitiva, para facilitar o acesso e o acompanhamento por parte dos participantes.

Após a revelação dos campeões, que acontece em junho de 2020 durante o Fórum Nacional de Máxima Produtividade de Soja, os participantes receberão um certificado de participação contendo sua classificação nacional, regional e estadual. Também serão enviados pelo CESB um laudo técnico das áreas auditadas com georreferenciamento, além de descritivo do campo de produção, informações técnicas de manejo, registro fotográfico e outros dados adicionais.

Aumento de produtividade

O presidente do CESB, Leonardo Sologuren, afirma que a importância do Desafio está em auxiliar os produtores a encontrar maneiras de obter crescimento da produção de forma vertical, ou seja, visando o aumento da produtividade, de forma sustentável e rentável. Segundo Sologuren, nos últimos dez anos, a área plantada com soja no País cresceu 51,2%, enquanto o salto na produtividade média foi de apenas 5,7%. “É fato que o potencial tecnológico da soja tem sido pouco explorado. Enquanto a média da produtividade brasileira foi de 55 sacas/hectare, o CESB já observa inúmeros casos de produtores produzindo acima de 80 sacas/hectare em escala comercial”, relata.

Sologuren ainda destaca a grande participação dos sojicultores no Desafio do CESB 2019/20. Estima-se a participação de mais de 4 mil produtores rurais dos mais diversos Estados do País. “O CESB tem analisado ao longo dos últimos anos os fatores que tornam possível o aumento expressivo da produtividade, trabalhando em conjunto justamente com quem mais entende do assunto: os produtores rurais”.

Aumento em áreas

O destaque da edição passada foi o aumento em termos de área plantada, em hectares. A 11ª edição do Desafio conseguiu atingir 11,1% das plantações de soja do Brasil, o que representa 3,98 milhões de hectares. No total, o Brasil conta hoje com cerca de 36 milhões de hectares.

Para a 12ª edição, o diretor executivo do CESB, Luiz Antonio da Silva, espera que esse número de áreas participantes cresça ainda mais, por conta de a soja estar se consolidando em todas as regiões do Brasil, demonstrando alta adaptabilidade a todos os tipos de solo brasileiros. “Isso mostra que o Desafio CESB tem atingido o seu objetivo, que é disseminar informações para que cada vez mais sojicultores possam atingir altos índices de produtividade”, ressalta.

Campeão irrigado

Na edição de 2018/2019, o produtor Maurício de Bortoli, de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, teve de enfrentar uma estiagem de 23 dias, que foi combatida com a aplicação de três lâminas d’água durante a fase reprodutiva. “Apesar dessas lâminas não terem suprido a necessidade hídrica plena da cultura da soja, elas foram fundamentais para que não houvesse maiores perdas de produtividade durante essa fase, que é a mais exigente em termos de necessidade hídrica”, destaca o engenheiro agrônomo e agrometeorologista Paulo Sentelhas, membro do CESB.

A produtividade alcançada pelo sojicultor gaúcho foi de 123,88 sacas de soja por hectare na safra 2018/2019, o que representa mais do que o dobro da média nacional, que é de 53,4 sc/ha na safra 2018/2019, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O recorde atual no Desafio CESB foi conquistado com o produtor Marcos Seitz, de Guarapuava (PR), que alcançou a marca de 149,08 sacas de soja por hectare. Ele foi o campeão da edição de 2016/2017.

Recorde em auditorias

Quando o ponto de colheita da área inscrita se aproxima, o produtor e/ou consultor devem solicitar ao CESB a visita de um auditor para constatar e aferir a produtividade da área. Para esta edição, o pedido deve ser feito até o dia 5 de maio de 2020. As primeiras auditorias iniciam-se a partir da primeira quinzena de janeiro, quando começa a colheita nas lavouras com cultivares precoces e/ou sistema irrigado.

A quantidade de auditorias realizadas pelo CESB no Desafio de Máxima Produtividade de Soja aumentou 44% na edição 2018/2019, em relação ao volume da edição de 2017/2018. Os técnicos do CESB visitaram 863 propriedades de sojicultores em todo o Brasil na última edição do Desafio, contra 597, na anterior.

As auditorias são realizadas desde 2015 por técnicos e agrônomos da empresa Somar, que atua na área de monitoria agrícola há mais de dez anos. Segundo o diretor da Somar, Juliano Nunes, todo auditor de campo passa por um treinamento exclusivo do CESB para poder acompanhar todos os trabalhos que determinarão os campeões do Desafio CESB de Máxima Produtividade de Soja. As aferições são realizadas desde a colheita até o romaneio da produção nos armazéns, para poder certificar o mais corretamente possível a pesagem.

Nunes salienta que a importância da auditoria se dá por gerar um documento que comprova as altas produtividades alcançadas pelos sojicultores, que são transformadas, posteriormente, em cases de sucesso. “Essas informações são difundidas no meio agrícola, de acordo com os princípios do CESB de produzir mais sem haver aumento de áreas cultivadas, pensando na sustentabilidade e garantindo a rentabilidade”, afirma.

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