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Instituto Biológico estuda o café desde a década de 20

Neste Dia Nacional do Café, saiba quais são as atividades desenvolvidas pela Instituição


Neste Dia Nacional do Café, saiba quais são as atividades desenvolvidas pela Instituição

Você sabia existe um cafezal a apenas 5 minutos da Avenida Paulista? A plantação, uma área de 10 mil m², conta com 1.530 pés de café arábica das variedades Novo Mundo e Catuaí. Muitos estrangeiros, quando vêm ao Brasil, visitam o Insituto Biológico (IB) para conhecer uma plantação de café.

Inicialmente, o IB tinha como função servir de material de pesquisa aos técnicos da instituição. Atualmente, ele ainda preserva sua essência didática, histórica e cultural, mas também é boa opção de turismo para a população que quer conhecer um cafezal, sua história e outras particularidades como os princípios de uma boa plantação, análise do solo, adubação, como o grão de café é beneficiado entre outras.

Em média, o cafezal do Instituto Biológico produz 1 tonelada de grãos que, após beneficiado, resultam em aproximadamente 500 kg de café torrado e moído. Toda a produção é doada ao Fundo Social de Solidariedade do Estado e São Paulo.

Já a produção paulista arábica é estimada em 3,475 milhões de sacas de café beneficiado, de acordo com o segundo levantamento de previsão de safra 2011/12 do Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), ambas da Secretaria Estadual da Agricultura, em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Em todo o Estado, a área total de lavouras de café está estimada em 181.987 hectares. A estimativa de produtividade média da atual safra paulista, que está sendo colhida, deve superar 26,51 sacas por hectare.

Instituto Biológico

O Instituto Biológico tem realizado, desde a sua criação em 1927, trabalhos de pesquisa e desenvolvimento para tentar solucionar os problemas de pragas e doenças do cafeeiro. As primeiras pesquisas para o combate à broca do café no Brasil foram realizadas pelo Instituto Biológico. Atualmente, as pesquisas visam principalmente o estabelecimento de estratégias para o manejo integrado de pragas e doenças na cultura.

No caso de insetos-praga, estudos visam conhecer os principais inimigos naturais, como microrganismos entomopatogênicos, parasitóides e predadores, que ocorrem em bicho-mineiro, broca e cigarras em cafeeiros no Estado de São Paulo. São também realizados trabalhos de avaliação da eficiência de diferentes linhagens de fungos entomopatogênicos para o controle de pragas e do impacto de bioinseticidas e inseticidas químicos convencionais sobre os principais inimigos naturais de pragas em cafeeiro, além do estudo da compatibilidade de inseticidas químicos e naturais sobre entomopatógenos.

Após anos de uso intensivo de apenas um ingrediente ativo registrado para o controle da broca do café, surgiram informações que os tratamentos não se mostravam tão eficientes como antes e que indicavam o aparecimento de populações resistentes. Estão sendo feitos estudos para detecção de possível aparecimento de resistência e testes com novos produtos químicos eficientes para rotação ou substituição desses produtos químicos.

Em relação aos ácaros, as pesquisas têm enfocado o impacto de produtos químicos sobre a comunidade de ácaros presentes na cultura. Estudos de diversidade e interações entre ácaros de diferentes espécies em plantas de café e avaliação da eficiência de alguns predadores no controle biológico de ácaros pragas também tem sido realizados.

Para nematóides, as pesquisas visam a identificação e a distribuição geográfica das principais espécies de nematóides no Estado de São Paulo. Estudos de ecologia, patogenicidade e de métodos de controle de nematóides também têm sido conduzidos.

Em relação às doenças de cafeeiro, os estudos procuram avaliar as incidências e as epidemias de doenças em lavouras cafeeiras em diferentes condições climáticas e regiões do Estado de São Paulo, o efeito de produtos químicos, biofertilizantes e produtos naturais sobre as doenças mais importantes em cafeeiro, além de definir estratégias para o controle de doenças em condições de campo.

No caso de plantas daninhas, as pesquisas visam obter informações agronômicas, ecotoxicológicas e fitossociológicas para o entendimento do perfil ecotoxicológico de herbicidas residuais e de contato, utilizados na cultura de café, no que diz respeito à sua persistência e seletividade para a cultura e o efeito na flora daninha. A avaliação da eficiência do plantio de adubos verdes como agentes de controle das plantas daninhas e na produção do cafeeiro e da viabilidade do uso de controle biológico de plantas daninhas por patógenos e outros inimigos naturais constituem também linhas de pesquisa do Instituto Biológico.

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