Instrução do Ministério da Agricultura declara Minas oficialmente como livre de peste suína clássica
Minas é o principal exportador de material genético de suínos para o mercado nacional
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (20/7) a Instrução Normativa (IN) nº 25 declarando oficialmente como livres de peste suína clássica (PSC) Minas Gerais e mais 14 estados, além do Distrito Federal e quatro municípios do Amazonas. Em 25 de maio deste ano Minas e estes estados já haviam sido reconhecidos como livres de PSC pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
A IN 25 estabelece normas para o trânsito de suínos em todo o território nacional, determinando que fica proibida a entrada nos estados da área livre de PSC de animais e material genético procedentes dos demais estados brasileiros ainda não reconhecidos como livres dessa doença. Na prática, a medida tem caráter preventivo para assegurar a manutenção do status de área livre para os estados já reconhecidos nessa condição.
A coordenadora estadual do Programa de Sanidade Suídea do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) Júnia Mafra ressalta que o Instituto continuará executando todas as ações previstas no sistema de vigilância preventivo à PSC. “Essas ações de vigilância foram fundamentais para que Minas fosse reconhecida como área livre de PSC. Nossa responsabilidade é maior ainda uma vez que Minas é líder no ranking nacional como exportador de genética de suínos para o mercado doméstico”, pondera. O estado tem o quarto maior plantel de suínos do Brasil, com 5,2 milhões de animais e possui 27 Granjas de Reprodutores de Suínos Certificadas (GRSC).
Entre as ações realizadas está a vigilância ativa em granjas e criatórios fiscalizando in loco o número de animais nestes estabelecimentos, sinais clínicos de possíveis doenças no plantel e as taxas de mortalidade.
Em outra frente o IMA realiza a vigilância passiva, a partir das notificações de suspeita de alguma doença nos rebanhos. Estas notificações são feitas por produtores, veterinários ou responsáveis técnicos pelas granjas. O Instituto realiza também a vigilância em relação aos reprodutores que são descartados via abate oficial, por meio de coleta de sangue antes e no pós abate.
Júnia Mafra relata que outra ação do IMA consiste em fiscalizar a cada seis meses as Granjas Reprodutoras de Suídeos Certificadas (GRSCs). Estes estabelecimentos são considerados o topo da cadeia produtiva pelo fato de manterem os suínos livres de PSC e de outras quatro doenças. Além disso, é feito o inquérito soroepidemiológico em criatórios de menor porte também para verificar possíveis doenças nos animais.