Integração mostra resultados satisfatórios em produção orgânica
Dados preliminares mostram retornos econômicos principalmente no cultivo do milho verde no sistema orgânico de produção
Um sistema agrícola que integra técnicas orgânicas de produção tem apresentado resultados promissores na Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG). Implantado em uma área de aproximadamente 15 hectares, na Unidade de Pesquisa de Produção Orgânica, também chamada Fazendinha Orgânica, são desenvolvidos experimentos com a cultura do milho e feijão e avaliações de cultivares de arroz que melhor se adaptam ao sistema.
O milho vem sendo plantado no sistema de plantio direto, com produção destinada para minimilho e milho verde. “Dados preliminares mostram retornos econômicos principalmente no cultivo do milho verde no sistema orgânico de produção”, explica o pesquisador José Aloísio Alves Moreira, um dos coordenadores do projeto. As variedades de milho são preferidas em relação aos híbridos para plantio neste sistema, já que o custo de produção é menor e o agricultor pode reutilizar as sementes sem perdas do seu potencial produtivo.
Na Fazendinha Orgânica, os pesquisadores plantam a variedade BR 106, produzida também por agricultores que fazem a seleção das melhores sementes do chamado milho de paiol. Para adubar o solo, esterco aviário e adubação verde, com o uso de leguminosas que atuam como fonte de nitrogênio e também agem como supressoras de plantas espontâneas. São usadas a leucena, a crotalária, o feijão de porco, o guandu e, mais recentemente, a cratília.
De acordo com o pesquisador José Aloísio, um dos pontos promissores do projeto é justamente esse. Na comunidade de Bonfim, localizada no município mineiro de Três Marias, a experiência vem sendo implementada no dia a dia de agricultores. Um projeto financiado pela Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais) e coordenado por ele, com ênfase na adubação verde para a produção de milho e feijão, tem revelado dados positivos.
Ainda na Fazendinha Orgânica, para intensificar o controle de plantas espontâneas, a Embrapa Milho e Sorgo vem testando também a eficiência de plantas que inibem o crescimento das ervas daninhas, como uma substância extraída de raízes de sorgo, e outras alternativas de compostos citados na literatura. A capina dos experimentos usando tração animal é outra medida que vem sendo adotada para contornar o problema. A área ainda dispõe de dois hectares irrigados que permitem o cultivo dos experimentos de milho e feijão na época seca.
CONTROLE DE PRAGAS – Para o controle de pragas que atacam o milho, principalmente a lagarta-do-cartucho e a broca-da-cana-de-açúcar, o pesquisador Ivan Cruz vem testando com sucesso o uso de inimigos naturais. O uso da vespinha Trichogramma spp., parasitoide de ovos da lagarta-do-cartucho, e dos inimigos naturais Trichogramma galloi (parasitoide de ovos) e Cotesia flavipes (parasitoide de larvas), no controle da broca-da-cana, são estratégias que têm se mostrado eficientes. Ivan Cruz ainda reforça que a utilização de parasitoides de ovos pode ser apontada como a melhor alternativa para o controle, tanto pela eficiência, como pela facilidade de uso e custo inferior.
Além de José Aloísio e Ivan Cruz, atuam no projeto os pesquisadores José Carlos Cruz (avaliação de cultivares), Walter Matrangolo (adubação verde), Maurílio Fernandes de Oliveira e Décio Karam (controle de plantas daninhas), Valéria Aparecida Vieira Queiroz (minimilho) e Israel Alexandre Pereira Filho (adubação verde e minimilho). Alguns dos resultados dos experimentos da Fazendinha Orgânica serão apresentados no XXVIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, que acontecerá em Goiânia-GO de 29 de agosto a 02 de setembro.
O milho vem sendo plantado no sistema de plantio direto, com produção destinada para minimilho e milho verde. “Dados preliminares mostram retornos econômicos principalmente no cultivo do milho verde no sistema orgânico de produção”, explica o pesquisador José Aloísio Alves Moreira, um dos coordenadores do projeto. As variedades de milho são preferidas em relação aos híbridos para plantio neste sistema, já que o custo de produção é menor e o agricultor pode reutilizar as sementes sem perdas do seu potencial produtivo.
Na Fazendinha Orgânica, os pesquisadores plantam a variedade BR 106, produzida também por agricultores que fazem a seleção das melhores sementes do chamado milho de paiol. Para adubar o solo, esterco aviário e adubação verde, com o uso de leguminosas que atuam como fonte de nitrogênio e também agem como supressoras de plantas espontâneas. São usadas a leucena, a crotalária, o feijão de porco, o guandu e, mais recentemente, a cratília.
De acordo com o pesquisador José Aloísio, um dos pontos promissores do projeto é justamente esse. Na comunidade de Bonfim, localizada no município mineiro de Três Marias, a experiência vem sendo implementada no dia a dia de agricultores. Um projeto financiado pela Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais) e coordenado por ele, com ênfase na adubação verde para a produção de milho e feijão, tem revelado dados positivos.
Ainda na Fazendinha Orgânica, para intensificar o controle de plantas espontâneas, a Embrapa Milho e Sorgo vem testando também a eficiência de plantas que inibem o crescimento das ervas daninhas, como uma substância extraída de raízes de sorgo, e outras alternativas de compostos citados na literatura. A capina dos experimentos usando tração animal é outra medida que vem sendo adotada para contornar o problema. A área ainda dispõe de dois hectares irrigados que permitem o cultivo dos experimentos de milho e feijão na época seca.
CONTROLE DE PRAGAS – Para o controle de pragas que atacam o milho, principalmente a lagarta-do-cartucho e a broca-da-cana-de-açúcar, o pesquisador Ivan Cruz vem testando com sucesso o uso de inimigos naturais. O uso da vespinha Trichogramma spp., parasitoide de ovos da lagarta-do-cartucho, e dos inimigos naturais Trichogramma galloi (parasitoide de ovos) e Cotesia flavipes (parasitoide de larvas), no controle da broca-da-cana, são estratégias que têm se mostrado eficientes. Ivan Cruz ainda reforça que a utilização de parasitoides de ovos pode ser apontada como a melhor alternativa para o controle, tanto pela eficiência, como pela facilidade de uso e custo inferior.
Além de José Aloísio e Ivan Cruz, atuam no projeto os pesquisadores José Carlos Cruz (avaliação de cultivares), Walter Matrangolo (adubação verde), Maurílio Fernandes de Oliveira e Décio Karam (controle de plantas daninhas), Valéria Aparecida Vieira Queiroz (minimilho) e Israel Alexandre Pereira Filho (adubação verde e minimilho). Alguns dos resultados dos experimentos da Fazendinha Orgânica serão apresentados no XXVIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, que acontecerá em Goiânia-GO de 29 de agosto a 02 de setembro.