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Invasão dos índios: SRB envia ofício à Funai questionando ação do órgão


Proprietários não foram consultados pela Funai, que acordou somente com os índios a saída de 11 das 14 fazendas invadidas. Fazendeiros entendem que todas as propriedades devem ser desocupadas.

A Sociedade Rural Brasileira (SRB) - (www.srb.org.br) - enviou ofício à direção da Fundação Nacional do Índio (Funai) questionando a ação do órgão, que não ouviu a opinião dos fazendeiros no tocante ao acordo selado somente com os caiovás-guaranis para a desocupação de 11 das 14 fazendas invadidas pelos índios no Mato Grosso do Sul.

"Não se pode negociar a solução de um conflito sem considerar o interesse de uma das partes", afirma o presidente da SRB, João de Almeida Sampaio Filho.

"Se tivéssemos sido consultados, teríamos dito que não aceitamos a desocupação de apenas 11 fazendas. Além disso, qual foi o critério utilizado pela Funai para a permanência dos índios em ainda três propriedades?"

De acordo com o presidente da SRB, a Funai errou ao condicionar a parcial desocupação à promessa de acelerar demarcações.

"Se o Estado de Direito de Propriedade tivesse sido respeitado nada disso estaria acontecendo", diz. "E mais que isso, o ato ilícito de invadir não tem qualquer relação com o processo legal de demarcação, que depende da veracidade de estudos antropológicos entregues à Funai."

Histórico

Os caiovás-guaranis invadiram no final de dezembro de 2003 14 fazendas ao redor da Reserva Porto Lindo, região sul do Estado do Mato Grosso do Sul. Eles reivindicam a posse destas áreas, argumentando que pertenciam aos seus antepassados.

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