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Investidores lucram com o agro

Isenção de imposto de renda atrai pessoas físicas a títulos do agronegócio


Isenção de imposto de renda atrai pessoas físicas a títulos do agronegócio
O bom momento do agro brasileiro está abrindo oportunidades de lucro também para as pessoas físicas das cidades. Cada vez mais gente tem investido suas economias em títulos do agronegócio, como indicam os números da Cetip, integradora do mercado financeiro que registra uma boa parte desses negócios.

No ano passado, o volume de títulos do agronegócio registrados na Cetip cresceu 43% sobre 2010, totalizando R$ 21 bilhões (veja o gráfico abaixo). A maior parte desse total está concentrada em Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs). “A grande vantagem das LCAs é que elas são isentas de imposto de renda para pessoas físicas”, explica o gerente de desenvolvimento de produtos da Cetip, Ricardo Magalhães.

Os títulos do agronegócio servem para financiar as empresas do setor, em geral antecipando valores ou mercadorias que elas têm a receber. Com esses recursos, elas fortalecem os investimentos e o capital de giro. Os investidores que compram esses títulos estão, indiretamente, entregando o dinheiro para as empresas do agro. Em troca, recebem juros sobre o valor investido.

O lastro – ou garantia – dessas operações são os créditos que as empresas do agro têm a receber. No caso das LCAs, especificamente, elas são emitidas por bancos que emprestam os recursos captados ao agro; o lastro, então, são os financiamentos que o agro têm a pagar para o banco.
 
“Acreditamos que a demanda dos investidores hoje é até maior do que a oferta desses títulos, por isso trabalhamos para que cada vez mais operações de crédito possam servir de lastro para a emissão desses papéis”, conta Magalhães.

Uma prova de que a demanda está reprimida é que os bancos não costumam oferecer o investimento em LCAs para muitos clientes. Em algumas instituições financeiras, o investimento mínimo em LCAs é de R$ 100 mil. Há outros bancos que só emitem LCAs de R$ 1 milhão ou mais.

Embora não faça projeções para o mercado de títulos do agro, Magalhães afirma que o forte crescimento de 2012 não foi uma surpresa. “Esse mercado de títulos foi criado por uma lei de 2004, e o crescimento tem sido consistente desde 2007″, diz o executivo.
 
 

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