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Investimento na melhoria do gado fica com 44% dos recursos do FCO

No setor rural, dos recursos do Fundo destinados a financiar a atividade pecuária, o segmento de aquisição de animais e melhoramento genético ficou, neste ano, com cerca de 44,7% das liberações


No que depender do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), Mato Grosso do Sul deverá retomar nos próximos anos, a larga escala de produção bovina, que ainda vive reflexos da crise da febre aftosa de 2005 e do abate de matrizes em 2008. No setor rural, dos recursos do Fundo destinados a financiar a atividade pecuária, o segmento de aquisição de animais e melhoramento genético ficou, neste ano, com cerca de 44,7% das liberações.

São cerca de R$ 42 milhões dos R$ 94 milhões divididos entre aquisição de equipamentos, recuperação de pastagens, melhoramento e apoio à produção, custeio de despesas, retenção de animais e a compra de bovinos e melhoramento genético.

"A pecuária foi a linha que mais tomou crédito no Estado, e dentro dela se destacou o segmento de compra de animais e melhoramento genético. E, na demanda que temos aqui para ainda ser atendida, a aquisição de animais e melhoramento genético totaliza R$ 35 milhões, dos R$ 80,4 milhões em pleitos na bovinocultura", explicou Loureno Budke, gerente de agronegócios do Banco do Brasil – instituição financeira que administra o FCO em Mato Grosso do Sul.

Os números mostram como os pecuaristas têm investido na recomposição e melhoramento do rebanho. Nos últimos anos, a crise da aftosa, seguida do abate de matrizes, fez com que, recentemente, a escassez de animais no mercado implicasse em preços da arroba históricos, na casa dos R$ 100. Faltaram animais nas planilhas de abate dos frigoríficos – alguns inclusive fecharam as portas por dias por conta disso.

A recomposição do rebanho, segundo especialistas, é lenta, demora tempo, mas as contratações de crédito para a compra de animais destinados a cria e recria, mostram que o Estado está no caminho para a retomada dos abates em larga escala. Embora diversos setores, como cana-de-açúcar e florestal, estejam em franca expansão, poucos pecuaristas têm deixado a atividade. Hoje, eles buscam promover a diversificação na propriedade, integrando outras culturas ao convívio dos animais – agregando valor ao que tradicionalmente fazem.

Linhas de crédito

Para o setor rural, o FCO tem 10 linhas de crédito que podem atender todas as atividades. Segundo Budke, elas são as mais atrativas do mercado, por disponibilizarem as menores taxas e os melhores prazos de pagamento.

Os juros variam de 5% a 8,5% ao ano, sendo que o pagamento em dia das parcelas, dá direito a um bônus, que reduz as taxas para de 4,25% a 7,23% ao ano. Os prazos para pagamento são estendidos, em até 25 anos, mas a maioria dos financiamentos é feita entre seis e 10 anos. Outro grande atrativo é o teto máximo de contratação por cliente, de R$ 200 milhões.

"No Proflora do BNDES, por exemplo, destinado ao setor de reflorestamento, o máximo é R$ 250 mil, enquanto que no Pronatureza do FCO é de R$ 200 milhões, igual ao de todas as demais linhas do Fundo", exemplifica o gerente. Há ainda carência para o início do pagamento das parcelas, que em média é de dois anos. (AM)

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