CI

Isca e USP vencem desafio global de combate ao Zika vírus

21 soluções receberão até US$ 30 milhões da Usaid


 

A empresa Isca Tecnologias e a Universidade de São Paulo (USP) venceram a competição global “Usaid combatendo o Zika e Futuras Ameaças”, que financiará o desenvolvimento, testes e implementação de uma “armadilha inteligente para aprimorar a vigilância do Zika”. A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês) anunciou 21 soluções que receberão até US$ 30 milhões para acelerar inovações visando mitigar a disseminação e impacto do Zika vírus.

O “problema” apresentado era “eliminar a concepção errada de que o controle do Aedes Aegypti é exclusivamente um problema da administração pública. A solução requer a participação da poder público em vários níveis, incluindo campanha educacionais, vigilância epidemiológica e saúde pública. No entanto, a erradicação do mosquito somente pode ser possível com a participação ativa e apoio da população”.

A parceria vencedora entre Isca e USP apresentou como “solução” a produção de uma “barata e inteligente armadilha que vai empoderar a população com o conhecimento das densidades do Aedes Aegypti, motivando atividades de controle. A armadilha atrai e captura mosquitos Aedes Aegypti adultos, automaticamente classifica mosquitos capturados em espécies, sexos. Conta esses insetos e finalmente conecta com dispositivos móveis, com estimativas de densidades locais de população de mosquitos. O aplicativo instrui os usuários para controlar possíveis agregações de mosquitos em criadouros em suas residências. Também usa serviços de georreferenciamento e previsão do tempo para contextualizar a análise e controle de atividades”. 

De acordo com o Dr. Agenor Mafra Neto, a solução torna a vigilância de mosquitos “digital”, produzindo informações de identificação “extremamente precisas, baratas de coletar e em tempo real. É tão fácil que qualquer um pode fazer, e é por isso que estão levando essa tecnologia às comunidades, para que tenham dados de qual mosquito está presente, onde e quando. Isso vai permitir saber se a ação de controle do vetor funcionou na redução da população de mosquitos ou não”. 

“Atualmente, a vigilância de mosquito é feita manualmente por especialistas na área de taxonomia e entomologia. Esses expertos são um recurso raro e caro, provocando grandes gargalos. Algumas vezes, se leva de semanas a meses para que a informação do campo seja processada, então o controle do vetor é feito cegamente. Nós acreditamos que nossa tecnologia de sensor de inseto será um divisor de águas, tornando todas as intervenções e estratégias de controle conhecidas muito mais efetivas, além de acelerar a pesquisa sobre o mosquito em todo o mundo”, conclui Mafra Neto.

A Usaid lançou o Grande Desafio de Combate ao Zika e Futuras Ameaças no mês de Abril de 2016. Em apenas nove semanas, foram recebidas aproximadamente 900 inscrições de todo o planeta em resposta à iniciativa. As soluções reconhecidas passaram por um processo rigoroso de revisão e foram selecionadas para acelerar seu desenvolvimento, testes e implementação.

De acordo com a entidade, a iniciativa do Grande Desafio para Desenvolvimento da Agência para Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos coletiviza soluções para resolver um conjunto de problemas claramente definidos, engajando o mundo em uma busca por descobrir, incubar, testar e acelerar soluções inovadoras para potencialmente resolver os desafios mais importantes de desenvolvimento do mundo.

A lista completa de vencedores está disponível no site: www.usaid.gov/grandchallenges/zika/nominees 
 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.