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JBS paralisa sete frigoríficos no MS

Empresa alegou insegurança jurídica


Sete frigoríficos pertencentes ao conglomerado JBS tiveram suas operações paralisadas nesta quarta-feira (18.10) no estado do Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste do país. A empresa justifica a paralisação pela "insegurança jurídica" gerada pelos bloqueios de recursos apenas nessa jurisdicação, que somariam R$ 730 milhões.

O valor foi bloqueado judicialmente a pedido de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul em investigação que apura irrigularidades tributárias. De acordo com a JBS, os funcionários das sete unidades continuarão recebendo remuneração. Por outro lado, a empresa diz que as paralisações devem ocorrer por tempo indeterminado.

As sete unidades no Mato Grosso do Sul contam com 15 mil colaboradores diretos e 60 mil indiretos. Em comunicado oficial da JBS, a empresa ressalta que se esforça para resolver o assunto e voltar à normalidade.

Nesta terça-feira (17.10), a JBS desistiu de uma oferta pública de ações de suas unidades internacionais na Bolsa de Nova Iorque. Na operação, o conglomerado venderia a divisão Seara, como uma grande oportunidade para subir o valor das operações do conglomerado e baixar a dívida.

O cancelamento da oferta pública de ações já era visto como uma possibilidade depois do ex-presidente-executivo da empresa Wesley  Batista ter se aproveitado das delações premiadas para aumentar sua rentabilidade no mercado financeiro com informação privilegiada.

No mês de Junho, a JBS tinha uma dívida de R$ 50 bilhões e dívida líquida sobre Ebitda de 4,16 vezes. O lucro do segundo trimestre caiu 80 por cento sobre um ano antes, impactado por câmbio e aumento de despesas.

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