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John Deere investe US$ 12,5 milhões em unidade de pintura


A fabricante de máquinas agrícolas John Deere investiu mais de US$ 12,5 milhões na modernização da unidade de pintura da empresa em Horizontina. Um novo prédio de 8,6 mil m² está operando com o sistema de pintura por imersão via eletrodeposição - E-coat. A cerimônia de inauguração da estrutura, realizada ontem, contou com a presença da direção mundial da empresa e do governador do Estado, Germano Rigotto.

A tecnologia E-coat, que já é utilizada em outras grandes operadoras da John Deere no mundo, será a única do Brasil no segmento de máquinas agrícolas. O diretor de manufatura da empresa, Antonio Garcia, revela que a receita aplicada representa o maior investimento da história realizado de forma unitária na América do Sul. "A adoção do sistema significa ampliação de mercados. Os equipamentos pintados através do E-coat apresentam melhoria de qualidade e maior resistência à corrosão", ressalta o dirigente. Entre as vantagens deste tipo de pintura também estão a economia de tinta e uma redução em 92% no uso de solventes orgânicos prejudiciais ao meio ambiente. Isso acontece porque a formulação da tinta é livre de metais pesados e à base de água.

De acordo com o diretor mundial da Divisão Agrícola da empresa, David Everitt, a indústria aplica aproximadamente US$ 1 milhão por dia em tecnologia. O valor representa um gasto anual de cerca de US$ 350 milhões em aperfeiçoamento de produtos. A John Deere Brasil faturou, no ano passado, R$ 914 milhões, dos quais 53% partiram da venda de colheitadeiras. Para a fábrica de Horizontina, a empresa projeta um crescimento de 5% em 2003. No ano passado, a unidade foi responsável pela produção e comercialização de 5 mil tratores e 3 mil colheitadeiras. A fábrica gaúcha exporta equipamentos para mais de 50 países em quatro continentes. "O Brasil é um dos maiores produtores de commodities agrícolas do mundo. Nossos clientes estão aqui e portanto, vamos continuar investindo de forma intensa na qualificação da nossa produção", declara Everitt. Segundo ele, a unidade vem recebendo, nos últimos cinco anos, um investimento anual de US$ 20 milhões.

Para 2003, a empresa ainda espera uma recuperação do mercado argentino, que chegou a importar mil colheitadeiras por ano da fábrica de Horizontina. Em 2002, segundo o diretor de marketing para a América do Sul, Martin Mundstock, foram vendidas apenas 150 dessas máquinas para o país vizinho.

Everitt diz estar confiante no governo brasileiro. Durante a semana passada, o dirigente esteve reunido com alguns ministros do governo Lula e recebeu informações sobre a política agrícola que deve ser adotada no Brasil nos próximos anos. "Nosso trabalho está enfocado no aumento da produtividade das lavouras, ou seja, na produção de alimentos. Caso sejamos solicitados pelo novo governo, estamos preparados para participar do Programa Fome Zero", complementa.

Denise Saueressig, de Horizontina

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