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Jornada Científica se consolida como vitrine de divulgação entre jovens pesquisadores

Em sua 8ª edição, a Jornada Científica está se firmando como um mecanismo de visibilidade do potencial de pesquisas que estão em andamento nos laboratórios e campos.


Em sua 8ª edição, a Jornada Científica está se firmando como um mecanismo importante de visibilidade do potencial de pesquisas que estão em andamento nos laboratórios e campos experimentais das duas unidades da Embrapa, em São Carlos (SP) – Pecuária Sudeste e Instrumentação – e universidades parceiras.

A importância do evento pode ser demonstrada pelo número de trabalhos inscritos, que este ano totalizou 108 projetos de 116 estudantes, distribuídos em oito áreas do conhecimento, em quatro níveis de escolaridade.

Promovido para estudantes de iniciação científica, o evento está atraindo a atenção de alunos de mestrado, doutorado, pós-doutorado e de estagiários que estão aproveitando a oportunidade para também expor projetos. Dos 108 trabalhos inscritos, 27 são de iniciação científica e 81 entre as demais categorias.

Membro da comissão organizadora, o pesquisador e secretário-executivo do Comitê Técnico da Embrapa Instrumentação, José Manoel Marconcini, disse que o evento, além de atrair estudantes até de outras instituições, despertou o interesse de alunos de outras áreas do conhecimento.

Para ele, atualmente propicia três oportunidades: "A jornada está fomentando a formação científica e as discussões entre os estudantes; possibilita o intercâmbio científico entre os jovens pesquisadores e permite a integração da divulgação dos trabalhos desenvolvidos pelos dois Centros de Pesquisa da Embrapa", afirma.

"Nos dois dias do evento os alunos dos programas de Iniciação Científica e Tecnológica têm a oportunidade de apresentar os resultados alcançados nos seus projetos e de mostrar o grau de maturidade atingido. Todos os trabalhos submetidos são avaliados por revisores ad hoc, assim como são avaliadas as apresentações orais e de pôsteres, submetendo os alunos a uma etapa corriqueira na vida científica: a avaliação dos pares e o crivo científico", completa o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Pecuária Sudeste, Alexandre Berndt.

Pesquisas
Dois estudos, um para determinar a qualidade sensorial da carne de animais Canchim por meio de análise sensorial descritiva e outro para avaliar as propriedades tecnológicas da borracha natural de novos clones de seringueira produzidos do Distrito Federal são exemplos das pesquisas que serão apresentadas nos dias 7 e 8 de julho na Embrapa Instrumentação, que sedia o evento este ano. Os trabalhos serão expostos nos formatos oral e pôster.

Orientada pela pesquisadora da Embrapa Pecuária Sudeste Renata Tieko Nassu, a aluna de graduação em Farmácia Vitória Fleming, do Centro Universitário Central Paulista (Unicep - São Carlos), analisou amostras de carne de três linhagens de animais da raça Canchim, utilizando uma metodologia descritiva envolvendo atributos relacionados a aroma, sabor e textura.

A conclusão da pesquisa na área de pós-colheita e qualidade de produtos agropecuários é que a linhagem dos animais influenciou apenas a maciez ao contrário das demais características.

Na área de novos materiais e nanotecnologia, a aluna de graduação em Química da Universidade Federal de São Carlos, Carolina Oliveira Bilatto, avaliou as propriedades tecnológicas da borracha natural de nove novos clones de seringueira da série RRIM produzidos no Distrito Federal.

Orientada pelo pesquisador da Embrapa Cerrados (Brasília – DF), Josefino de Freitas Fialho, e pelos pesquisadores da Embrapa Instrumentação, Luiz Henrique Caparelli Mattoso e Maria Alice Martins, a pesquisa visa programas de melhoramento genético em busca de clones altamente produtivos e tolerantes a principal doença da espécie Hevea brasiliensis, o mal das folhas causado pela Microcyclus ulei.

O estudo avaliou as propriedades de viscosidade, que aponta o valor de resistência oferecida pela borracha; plasticidade - fornece uma visão geral da microestrutura do material; teor de nitrogênio - apresenta uma estimativa da quantidade de proteínas presentes na borracha seca - e teor de extrato acetônico, que consiste em retirar da amostra os lipídios, que influenciam suas propriedades mecânicas.

A estudante Carolina Bilatto diz que o conhecimento é algo que cada um tem de conquistar no dia a dia. "Apresentar uma pesquisa na Jornada Científica é uma troca de conhecimentos imensa. Este tipo de oportunidade nos faz crescer não apenas no âmbito pessoal, mas também como comunidade científica e transformada da sociedade", afirma.

A área de novos materiais e nanotecnologia lidera o número de trabalhos com 35 projetos, seguida da linha de pesquisa sobre produção animal com 15. A área de automação e instrumentação agropecuária possui 13, enquanto meio ambiente, manejo e conservação do solo e da água e a área de produção vegetal têm 12 trabalhos cada. Já as linhas de biotecnologia e recursos genéticos; pós-colheita e qualidade de produtos agropecuários e tecnologia da biomassa aparecem com 7 trabalhos cada.

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