CI

Jovem cientista indiano tem solução para poluição das penas

Bactéria é capaz de degradar penas de aves no curto espaço de três dias


Segundo o jornal The Times of Índia, um jovem pesquisador indiano pode ter encontrado a solução para os problemas de poluição ambiental causados pelas penas das aves. Desenvolvendo pesquisas nos laboratórios de biologia da Universidade de Allahabad, no norte da Índia, Sathya Balachander, um engenheiro com 20 anos de idade, descobriu uma bactéria capaz de degradar penas de aves no curto espaço de três dias.

As descobertas de Balachander, porém, não param aí: avançando nas pesquisas ele descobriu que, após a degradação das penas, a adição de uma combinação de bactérias e enzimas à matéria residual resulta na sintetização de uma nova matéria, eficiente tanto como pesticida (?) como alimento das aves.

As propriedades da bactéria encontrada por Sathya estão sendo corroboradas pelo Centro Nacional de Informações Biotecnológicas (NCBI, na sigla em inglês), órgão governamental sediado na capital, Nova Delhi. “Está provado, a partir dos experimentos realizados, que essa bactéria, em especial, realmente possui a capacidade de desintegrar penas num espaço de tempo que varia entre 48 e 72 horas”, afirmou o prof. Anupam Dikshit, do NCBI.
“Essa bactéria”, segundo o próprio Sathya Balachander, é a Streptomyces indiaensis. Ele explica que estudava uma cepa de S. indiaensis extraída do solo de uma lixeira de penas, constatando que ela tinha a capacidade de degradar o enxofre que compõe a queratina (presente nas penas das aves, mas também nas unhas e cabelos dos animais ou, ainda, nas escamas dos peixes), substância que torna a matéria impermeável e de difícil degradação.
“Em condições naturais, as penas das aves necessitam de cinco a sete anos para se deteriorarem no meio ambiente. Mas o microorganismo que estudamos acelera enormemente a velocidade de degradação e destrói as penas em um período que vai de 48 a 72 horas”, afirma o jovem cientista.

Ele calcula que sejam abatidos no mundo, anualmente, cerca de 24 bilhões de frangos, dos quais resulta volume de penas da ordem de 1,8 milhão de toneladas. “Além de poluir o solo e o ar (devido à presença, em especial, do dióxido de enxofre), esse monumental volume de resíduos também afeta a saúde humana, ocasionando, por exemplo, anemia e micoplasmoses. Tratar esses resíduos vai reduzir a magnitude do problema”, afirma Balachander.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.