Durou 20 horas o protesto de arrozeiros gaúchos e catarinenses que bloqueou a Ponte Internacional de Uruguaiana, que liga o município gaúcho a Paso de Los Libres, na Argentina. Os cerca de 2 mil produtores só deixaram o local na manhã de ontem (18), após decisão judicial, que impôs multa de R$ 10 mil por hora. Organizadores do movimento Te Mexe Arrozeiro acreditam ter conseguido chamar a atenção dos governos federal e estadual para a crise da comercialização do grão. Segundo o representante dos produtores Juarez Petry, a grande vitória foi incluir o arroz na atual negociação bilateral que enfrenta o Mercosul. Ontem, em nota, a CNA ratificou a proposta dos orizicultores e solicitou o fim da licença automática de importação de grão do bloco, a exemplo do obtido no leite. "Em um cenário de preços baixos com câmbio que desfavorece a exportação, qualquer medida de sustentação de preços é ineficaz se não for contida a entrada do arroz", diz o documento.
Os arrozeiros prometem aguardar até junho por respostas para os pleitos, entre eles o pedido de suspensão de importação do Mercosul por seis meses e a prorrogação de dívidas até 31 de outubro. Caso não sejam atendidos, nova manifestação deve ocorrer em Porto Alegre.
Os arrozeiros prometem aguardar até junho por respostas para os pleitos, entre eles o pedido de suspensão de importação do Mercosul por seis meses e a prorrogação de dívidas até 31 de outubro. Caso não sejam atendidos, nova manifestação deve ocorrer em Porto Alegre.