Kepler Weber tem nova estrutura de capital

O Conselho de Administração da Kepler Weber homologou o aumento de capital de R$ 330 milhões e, com isso, a estrutura acionária da companhia foi modificada e os minoritários, que antes tinham menos de 5%, passam para 24,4%. A reestruturação teve como objetivo adequar o endividamento à sua capacidade de pagamento da dívida que ficou menor e que teve também seu custo reduzido e o prazo de pagamento alongado. Os acionistas, confiantes na empresa, aportaram R$ 110 milhões em dinheiro novo. “Estamos prontos para exercer nosso papel de liderança assegurada pelo suporte financeiro dos novos acionistas e pela força da marca, acreditada pelos clientes”, assegurou o presidente da Kepler Weber, Anastácio Fernandes Filho.

Com a confiança do mercado traduzida no novo arranjo financeiro, a Kepler Weber está credenciada para retomar seu crescimento aproveitando os bons ventos do mercado agrícola. A empresa, que tem como meta chegar em dezembro com 1100 funcionários, já iniciou o processo de admissão de novos colaboradores.

Os bancos credores que transformaram dívida em capital passaram a deter 22,8% do capital total da Kepler. Banco do Brasil e Previ alteraram muito pouco suas posições e ficaram com 19,31% e 19,33%, respectivamente. Serpros reduziu para 12,37% e Aerus para 1,55%. Além da capitalização, o plano de recuperação da Kepler prevê ainda a emissão de R$ 140 milhões em debêntures atreladas a um bônus que permite sua conversão em ações ordinárias.

A Kepler Weber, que tem capacidade para processar 100 mil toneladas de aço/ano, experimenta desde julho uma curva crescente de produção que, aos poucos, preenche sua capacidade instalada. A empresa realiza nesta segunda-feira (08-10), em Porto Alegre (RS), Assembléia Geral Extraordinária (AGE) para modificar seu estatuto que vai incluir quatro novos conselheiros independentes entre os sete integrantes do Conselho de Administração. As informações são da assessoria de imprensa da Kepler Weber.