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Laboratório da Secretaria da Agricultura do PR faz mais de 100 mil exames

Centro de Diagnóstico atende defesa sanitária animal e vegetal do Paraná


Centro de Diagnóstico atende defesa sanitária animal e vegetal do Paraná

AEN - O Centro de Diagnostico Marcos Enrietti (CDME) realizou mais de 100 mil exames da área animal e vegetal em 2010. O laboratório é uma das divisões do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e conta hoje com 37 técnicos responsáveis pela realização de exames microbiológicos para atender a defesa sanitária animal e vegetal do Paraná.


Segundo a chefe do Centro, Rosaria Regina Richartz, o laboratório foi criado para fazer o acompanhamento e monitoramento da ocorrência de doenças e pragas para não comprometer a agricultura do Estado. Para isso é oferecido serviço de vigilância, que vai apoiar o agricultor que tiver algum problema na sua produção.

“O produtor rural tem total liberdade para procurar um técnico nas unidades locais da Secretaria da sua região e informar qualquer tipo de problema sanitário encontrado na sua lavoura ou rebanho”, disse Richartz. Segundo ela, imediatamente após essa comunicação, o técnico avalia o caso, coleta uma amostra e encaminha para o laboratório.

O centro, após realizar uma triagem da amostra, encaminha o material para o setor especifico onde é processada e emitido um laudo. O resultado é encaminhado para a unidade local, onde o técnico orienta o procedimento a ser adotado pelo produtor rural. “Só no ano passado recebemos mais de 59 mil amostras de agricultores, sendo que 95% foram da área animal”, afirma.

Diagnóstico - Entre os principais diagnósticos realizados pelos laboratórios, estão: virologia e bacteriologia de animais como o controle de brucelose, leptospirose, peste suína clássica e raiva. Já na área de vegetais são realizados análises para identificar problemas como entomologia e micologia, que ajudam na detecção de organismos geneticamente modificados e os diagnósticos moleculares de Greening e CVC dos citros (duas pragas de grande importância para a citricultura).

Credenciamento - Após passar por uma reforma em 2009, o laboratório foi autorizado pelo Ministério de Agricultura para realizar diagnósticos de doenças como a vaca louca, influenza aviária (gripe das aves) e doença de Newcastle a partir de materiais enviados do Paraná e também de outros estados. “O credenciamento do Ministério permite que nossos técnicos avaliem melhor a saúde dos animais e já percebemos um resultado positivo na agricultura”, afirmou Rosaria Richartz. Ela disse que o Paraná está sendo beneficiado porque exames específicos como da influenza aviária e da vaca louca ajudam no controle dessas doenças e garantem a qualidade fitossanitária dos produtos, permitindo assim a exportação que movimenta o mercado e aquece a agricultura.


Outra novidade no laboratório é a recente aprovação do plano de gerenciamento de resíduos, que tem como objetivo separar o lixo orgânico, químico e comum e encaminhar para o descarte correto. “Esta é uma medida de grande importância, pois visa a preservação do meio ambiente e o bem-estar dos cidadãos, uma vez que são separados produtos tóxicos que podem causar mal a saúde”, conta Rosaria.

Atestado – Reinaugurado em 2008, com ampla reforma física e de equipamentos, o centro é considerado atualmente um dos mais modernos laboratórios de análise animal e vegetal do Brasil. O espaço capacita o Estado a ser referência, não apenas em produção de frango de corte (o Paraná é o maior produtor avícola do Brasil), como também dá subsídios para um atestado de qualidade e sanidade de seus produtos.

O laboratório está instalado numa área de 5 mil metros quadrados, no campus de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, com quem a Secretaria da Agricultura tem parceria desde o início das atividades, há 27 anos. Reformado e ampliado, o centro passa a ter 2,9 mil metros quadrados de área construída, num investimento de R$ 3,3 milhões, provenientes do Fundo de Equipamento Agropecuário (Feap) e mais R$ 400 mil, em equipamentos, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

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