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Lavouras brasileiras são foco do terceiro dia do Agro-Phyto

Evento encerra nesta sexta-feira


A programação encerra amanhã, com 19 apresentações relacionadas a técnicas de cruzamento, agentes de proteção da lavoura e controle biológico.
 
Desde o dia 23, representantes de 22 países estão em Santa Cruz do Sul para o Agro-Phyto 2017, do Centro de Cooperação para Estudos Científicos em Tabaco (CORESTA). Nesta quarta-feira, técnicos, engenheiros agrônomos, fitopatologistas, geneticistas, pesquisadores, professores universitários e profissionais ligados ao setor participaram da programação que iniciou pela manhã, no auditório central da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e encerrou à tarde com visitas a três propriedades rurais da região.
 
O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), anfitrião do evento no Brasil, e diretor-presidente do Instituto Crescer Legal, Iro Schünke, falou aos presentes sobre os resultados da entidade no combate ao trabalho infantil e no incentivo à gestão das pequenas propriedades.
 
“No Brasil, menores de 18 anos são proibidos de trabalhar em algumas atividades no meio rural, estando o tabaco nesta lista. Nos últimos 20 anos temos trabalhado para combater o trabalho infantil no meio rural e o Instituto Crescer Legal é uma consequência direta deste trabalho. Durante nosso trabalho percebemos que as oportunidades para os adolescentes são parcas no meio rural, atraindo-os para o trabalho irregular. Pensando em mudar este cenário, nasceu o Instituto Crescer Legal, iniciativa do SindiTabaco, com o apoio de pessoas de diferentes áreas, sendo algumas delas relacionadas ao setor, outras da área da educação e da aprendizagem”, afirma Schünke.
 
Schünke explicou os bons resultados do Programa de Aprendizagem Profissional Rural, que já formou 48 adolescentes e que formará outras duas turmas de jovens rurais nos próximos meses. “O grande objetivo é desenvolver esses adolescentes, oferecendo a construção de um projeto de vida no meio rural por meio do melhor uso dos recursos da propriedade e da comunidade em que estão inseridos e, ao mesmo tempo, combater o trabalho infantil”, diz Schünke. “Em 2018 teremos a continuidade do programa em sete municípios, com a participação de 140 jovens de áreas rurais”, afirmou.
 
Outros programas relacionados à sustentabilidade do setor foram apresentados durante a manhã, seguidos por temáticas mais técnicas. A manhã também contou com uma sessão de pôsteres e após o almoço o grupo de cerca de 250 pessoas partiu para visitas em três propriedades rurais de Santa Cruz do Sul, Vale do Sol e Vera Cruz. As visitas ocorreram alternadamente e tiveram como objetivo demonstrar in loco aspectos relacionados à produção de tabaco, como o uso de técnicas conservacionistas, tal como o uso do plantio direto que vem crescendo muito no Brasil e já corresponde a 70%. Também foram apresentados os diferentes sistemas e unidades de cura do tabaco, técnicas de produção e manejo de mudas, práticas de incentivo ao reflorestamento e preservação de matas nativas, e orientações ligadas à saúde e segurança do produtor, como o uso do EPI e da vestimenta de colheita, além do depósito e descarte das embalagens de agrotóxicos.
 

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