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Lavouras de soja do MS estão cercadas pela ferrugem asiática


Já existem focos da ferrugem asiática em lavouras comerciais de soja em Três Barras (PR) e Primavera do Leste (MT). O fato aumenta a tensão entre os produtores rurais de Mato Grosso do Sul, que está localizado entre os dois Estados. Mas, segundo Gessi Seccon, supervisor de transferência de tecnologia da Embrapa Agropecuária Oeste, em MS não existe nenhum caso identificado ainda. Segundo ele, as lavouras do Estado estão sendo muito bem monitoradas.

Além dos casos nos dois municípios, o Consórcio Anti-Ferrugem, identificou recentemente a ferrugem na safra 2004/2005, em Lucas do Rio Verde (MT), Nova Cantu (PR), Nonoai, Sanaduva, Cruz Alta, Espumoso, Itaara, Jóia, Santa Rosa, Sarandi e Santiago(RS), Balsas (MA) e Jandaia e Montevidiu (GO). São cinco os Estados.

No caso de MS, o comportamento da doença tem sido diferente, segundo o pesquisador da Embrapa. “Não há motivo para pânico como ocorreu mesmo antes do plantio da lavoura”, diz. Mesmo com a previsão de um ano chuvoso, é preciso manter a cautela e optar pelo monitoramento preciso da lavoura, segundo Gessi.

Conforme o pesquisador, testes feitos pela Fundação Vegetal, em Chapadão do Sul, mostram que é possível monitorar a doença sem a aplicação de defensivos por até 20 dias. Quanto ao controle químico, Gessi também alerta para que não aja precipitação. Segundo ele, existem 19 marcas de fungicidas diferentes no mercado, que funcionam bem.

Em Três Barras, a ferrugem apareceu no final do florescimento em lavoura plantada em setembro, com variedade precoce. Em Balsas, a doença foi identificada em áreas de pivô, semeada na entressafra, na formação de grão. Em Montevidiu foi constatada em plantas no final da floração.

O Departamento de Defesa Fitosanitária da Universidade Federal de Santa Maria identificou também novos focos de ferrugem asiática em soja voluntária nos municípios gaúchos. Eles aparecem em diferentes fases de desenvolvimento da planta com predomínio da fase reprodutiva.

E em Mato Grosso do Sul a ferrugem é monitorada por unidades de observação da Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados; da Fundação Chapadão, no norte; da Fundação MS, região de Maracaju e da Copasul, em Naviraí. O presidente da Aeagran (Associação dos Engenheiros Agrônomos da Grande Dourados), Ângelo Ximenes, disse ontem que empresas privadas também estão realizando o monitoramento nas lavouras na região.

A ação de controle da doença está sendo desenvolvida em ação conjunta pela Seprotur, Idaterra, Delegacia Federal Agricultura, Embrapa, Famasul, Fundação Chapadão, Fundação MS, Uems, Uniderp, UCDB, sindicatos rurais, cooperativas, secretarias municiais de agricultura, associações de engenheiros agrônomos e Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural. Na safra passada, a ferrugem afetou pouco a soja no Estado por causa da estiagem.

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