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Leilão da Avestruz Master arrecada R$ 12 milhões

Dinheiro será usado para pagamento de créditos trabalhistas e prestadores de serviços


Com apenas um lance, o Laticínios Bela Vista arrematou, na manhã de ontem, por R$ 11.252.000,00, o Frigorífico Struthio Gold e todas as fazendas da massa falida do Grupo Avestruz Master no município de Bela Vista de Goiás. Em comunicado oficial divulgado pelo empresa, ela afirmou que espera explorar a planta industrial no abate e processamento de frangos, visando principalmente o atendimento do mercado externo. Na nota, o laticínio fez questão de deixar claro que não tem nenhuma intenção de explorar as instalações do frigorífico para o abate de avestruzes.


Além do frigorífico e das fazendas, que totalizaram mais de 150 alqueires, foram leiloados pela MC Leilões ontem de manhã três veículos de luxo, que estavam à disposição da Justiça. O Hummer H2, ano 2004, foi o que teve melhor preço: R$ 205 mil. Também foram leiloados o Cadilac Fleetwood Limousine, ano 1960 (R$ 61 mil) e o Mercedes Benz M 320, ano 2000 (R$ 48 mil).

À tarde, foi a vez de 118 lotes serem leiloados por cerca de R$ 400 mil. Eles continham itens como material de escritório, maquinários agrícolas, carros utilitários e um barco. Um dos produtos mais disputados foi uma máquina registradora antiga. Avaliada em 900 reais, foi vendida por R$ 4,9 mil. A compradora foi a empresária Maria de Fátima Castro. Ele contou que só compareceu ao leilão em busca da peça, que deve ocupar um local de destaque na decoração da sua residência em Goiânia.

O último lote do dia, composto por um barco Marajó de 17 pés, também chamou muito a atenção. Depois de diversos lances, ele foi arrematado pelo empresário João Gomes, de Anápolis, que pagou R$ 32,5 mil pelo barco, que havia sido avaliado inicialmente em R$ 19 mil.


Por decisão judicial, ficaram de fora do leilão a Ferrari F360 Modena, ano 1999, avaliada em R$ 300 mil, o barco Bayliner, Cierra 3055, que vale R$ 265 mil, e o jetski Seadoo, que custa R$ 14 mil. Também não foram leiloados os boxes de garagem e o apartamento onde o ex-controlador do grupo, Jerson Maciel, morava no Setor Bueno. Esses bens estão sendo questionados na Justiça, já que a família Maciel alega que eles não foram comprados com dinheiro da empresa.

O advogado da massa falida, Marcus Paulo Rodrigues Torres, garantiu que o montante arrecadado, cerca de R$ 12 milhões, estava dentro da expectativa inicial da administração. Esse total deve ser suficiente para quitação dos créditos extraconcursais e trabalhistas, que têm prioridade na ordem de pagamento.

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