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Leilão de contratos de opção de milho é adiado


O governo adiou o leilão de contratos de opção de milho que seria realizado sexta-feira. Esta semana, técnicos do Ministério da Agricultura estarão analisando o mercado, pois o preço da paridade de exportação está inferior ao valor de referência. Faltavam 500 mil toneladas a serem ofertadas, que poderão ser levadas a leilão somente depois da Páscoa.

De um total de 1,5 milhão de toneladas lançadas, só 320 mil foram contratadas, principalmente no Mato Grosso. A pequena procura pelos contratos de opções ocorreu porque os preços de mercado estão sustentados. Atualmente, em Cascavel (PR), o preço praticado está em R$ 19 a saca de 60 quilos.

"Vamos avaliar a evolução do mercado", afirmou o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin, referindo-se à variação do câmbio, que balizou os preços de referência. Na época em que a equipe de governo definiu o lançamento de opções para 2 milhões de toneladas, o dólar estava em R$ 3,60 e, por isso, os valores de exercício foram fixados em R$ 20 a saca para junho e R$ 20,35 para julho, no Paraná.

Segundo técnicos do governo, se os contratos fossem lançados agora causariam tumulto no mercado, uma vez que a procura por esta modalidade deveria ser maior que a demanda - os preços do governo estão superiores à paridade exportação, de R$ 16 a saca no Paraná.

"Por que não desviar a procura para as regiões onde há maior demanda?", questiona o analista Carlos Cogo, da Cogo Consultoria Agroeconômica. Para ele, o governo federal não deveria interromper os leilões de opções agora.

Segundo Carlos Cogo, com a queda do dólar e brevemente a retomada da colheita de milho, os contratos de opção eram sinalizadores positivos de preços futuros. Para o consultor, sustentar os valores pagos aos produtores agora é garantir que posteriormente não tenha muita queda de área plantada do grão na safra 2003/04.

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