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Leilões de milho suprem necessidade em MT

A expectativa para este ano é de crescimento no rebanho mato-grossense de suínos, conforme a Associação estadual dos Criadores de Suínos


A expectativa para este ano é de crescimento no rebanho mato-grossense de suínos, conforme o gerente administrativo da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues Junior. Até o mês passado, uma das principais dificuldades do setor era a falta de milho para a fabricação de farelo e de ração aos animais. Em todo o Estado, atualmente, existem mais de 1,1 milhão de cabeças em rebanhos fixos, sendo aproximadamente 90 matrizes.

Segundo ele, para suprir a demanda dos suinocultores que estavam sendo prejudicados com a carência do grão e devido à supervalorização do milho no mercado, a associação solicitou a realização de leilões junto à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A idéia era ofertar e comercializar o grão a valores acessíveis ao consumo interno – tendo em vista que grande parte das comercializações realizadas em setembro, por exemplo, foram destinadas à exportação.

De acordo com o operador de mercado Wilson Bezerra, da Produza Agronegócios, de Rondonópolis, a realização de leilões para o abastecimento interno é uma necessidade para os suinocultores do Estado. “Das 5,2 milhões de toneladas de milho produzidas em Mato Grosso, pelo menos 3,8 milhões foram vendidas via Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), ou seja, para a exportação e para algumas praças do Nordeste”, disse.

Além de Mato Grosso, outros estados também estão sofrendo com a falta do grão para a fabricação de alimentos. “Para Santa Catarina e Rio Grande do Sul, por exemplo, a Conab deve estar realizando, na próxima semana, um leilão de Valor de Escoamento de Produto (VEP) exclusivo para estes estados”, acrescentou, levando em consideração que também no leilão, devem ser negociados preços de comercialização mais abaixo do que vinha sendo apresentado nas vendas de setembro.

Ainda conforme o gerente administrativo da Acrismat, o montante de milho vendido via VEP e por meio de modalidade livre negociado este mês, além de abastecer em grande parte o consumo interno, também reduziu consideravelmente o preço nas vendas. A saca de milho passou de em média R$ 16 para R$ 14, sendo que em alguns casos, em que o grão já era mais tardio, a redução chegou a R$ 10 por saco.

“Devido a essa redução nos preços, o suinocultor conseguiu sair do vermelho e valorizar mais o seu produto. O quilo da carne do suíno que antes era vendido de R$ 1,60 a R$ 1,70 agora já está sendo comercializado de R$ 1,90 a R$ 1,95. A previsão é de que a Conab continue incluindo o Estado nos leilões, possibilitando uma melhoria para os suinocultores”, argumentou Junior.

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