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Leilões devem ser menos usados em 2007

A alta nos preços de grãos deve fazer com que o governo não tenha de gastar todo o montante destinado a apoiar a comercialização


A alta crescente nos preços de grãos no mercado internacional, e também no Brasil, deve fazer com que o governo não tenha de gastar todo o montante de R$ 2,8 bilhões destinados a apoiar a comercialização dos grãos por meio de leilões que garantem preços mínimos aos produtores. O ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, e também o secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Edilson Guimarães, prevêem que deve sobrar dinheiro para ser aplicado de outras formas.

Para Guedes, a subida de preços da soja, por exemplo, - para a qual foram anunciados R$ 1 bihão pelo ministério para garantir um preço mínimo de R$ 22,50 a saca na próxima safra - deve fazer com que o governo gaste menos do que o contingenciado.

"Há possibilidade de gastar menos nos leilões de soja por conta da demanda do etanol vinda dos Estados Unidos. Se o governo não desembolsar o R$ 1 bihão é possível que seja direcionado para outras culturas", diz o ministro. Os leilões não serão cancelados ou reduzidos, já que o ministério quer te-los como uma opção ao produtor.

"O que deve ocorrer é que os produtores vão procurar menos estes instrumentos. Ou mesmo os que já venderam a colheira antecipada nestes leilões podem não exercer a opção de entregar o produto quando colherem. Caso o preço no mercado interno estiver melhor", disse o secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Edilson Guimarães.

Segundo ele, no caso de o produtor não exercer a opção de entregar seu produto não há prejuízo para nenhuma das partes. "O produtor vende melhor e o governo fica com o dinheiro para direcionar para outros fins", diz. Segundo Guimarães, a função dos leilões como o Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) e o Prop (contratos Privados de Opção de Venda), é de subsidiar o preço. Fora disso o que vale é a melhor opção do produtor.

Para o secretário, quando o preço chega a ficar igual ao estipulado pelo governo para os leilões, já pode haver evasão dos leilões. Guimarães não vê como estipular agora se de fato haverá evasão ou quanto o ministério pode deixar de gastar nos leilões com a alta no preço dos grãos.

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