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Liberação de recursos é tardia, avalia setor rural

A notícia de que o governo federal vai liberar R$ 352 mi em recursos para Contratos de Opção de milho e arroz foi recebida com crítica por parte do setor produtivo de MT


A notícia de que o governo federal vai liberar R$ 352 milhões em recursos para Contratos de Opção de milho e arroz foi recebida com crítica por parte do setor produtivo estadual. O valor será liberado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e destinado também à compra de outros produtos como açúcar, feijão, sorgo, trigo e sisal. No total, serão aplicados este mês o valor de R$ 463,8 milhões, aprovados em reunião entre representantes dos ministérios da Agricultura e Fazenda, Conab e Banco do Brasil.

Segundo a estatal, outra parte do bolo total, que soma o montante de R$ 118,8 milhões serão aplicados na compra de outros produtos por meio da Aquisição do Governo Federal (AGF). Do total, a maior parte (R$ 352 milhões) será destinada à comercialização de cerca de 1,490 milhão de toneladas de milho, sendo R$ 324 milhões de Contratos de Opção e R$ 80 milhões de AGF. As operações irão beneficiar os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Minas Gerais, Bahia, Tocantins e Rondônia.

Para o diretor da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Ricardo Tomczyk, a liberação dos recursos por parte do governo federal deveria ter sido feita há pelo menos 60 dias, antes do Estado enfrentar o problema que está ocorrendo com relação ao milho. "O governo deveria liberar o dinheiro antes. Assim não estaríamos nesta situação. No entanto, todo recurso é bem-vindo e os produtores não recusam", diz ao acrescentar que o governo poderia já ter feito vários leilões de Pepro, PEP e até mesmo ofertado contratos de opção.

Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), o Estado está com um excedente na produção de milho de 3,1 milhões de toneladas. Nem mesmo o volume de 1,440 milhão/t já leiloado foi suficiente para diminuir a falta de estoques para o produto. Há produtores que estão deixando o grão a céu aberto já que não encontram local para armazenar a produção.

Os mecanismos da Política Geral de Preços Mínimos (PGPM) são utilizados pelo governo federal sempre que ocorre queda nos preços dos produtos durante a safra. Pelo sistema de Contrato de Opção, por exemplo, o participante tem a venda do produto garantida por um preço fixado no contrato.

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