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Liberação do crédito rural alcança R$ 85 bilhões na safra atual

Trata-se do melhor desempenho já registrado para o período


Valor corresponde ao montante contratado por produtores rurais da agricultura empresarial entre julho de 2010 e maio de 2011. Trata-se do melhor desempenho já registrado para o período

Até maio deste ano – penúltimo mês da safra 2010/2011 – os produtores rurais já contrataram R$ 84,8 bilhões para custear o plantio, a colheita e a comercialização de produtos agropecuários, e a melhoria de infraestrutura produtiva de sua propriedade. O valor é 17,7% superior ao liberado entre julho de 2009 e maio de 2010 e representa o melhor desempenho já registrado para o período.

“Acreditamos que até o fechamento do ciclo agrícola, em 30 de junho, a liberação do crédito rural deve chegar a R$ 96 bilhões, um resultado recorde”, avalia o coordenador-geral de Análise Econômica do Ministério da Agricultura, Wilson Araújo. “O bom resultado motivou o governo a colocar mais recursos à disposição do produtor na nova safra que começa em julho”, explica Araújo. O Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012, lançado pela presidenta Dilma Rousseff, na última sexta-feira, 17 de junho, vai disponibilizar R$ 107,2 bilhões para financiar agricultores e pecuaristas. O valor é 7,2% superior aos R$ 100 bilhões direcionados ao ciclo agrícola atual – 2010/2011.
 
 

 
O programa de financiamento para a classe média rural é dos que demonstram melhor desempenho na safra. Dos R$ 5,65 bilhões previstos pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), R$ 4,55 bilhões ou 81% do total, já foram liberados. O valor representa um acréscimo de 54% do montante aplicado em igual período na safra passada.

O apoio ao médio produtor é uma das prioridades do governo ederal e, por conta disso, no novo Plano Agrícola e Pecuário haverá mais recursos para financiar esse segmento. Na temporada 2011/2012, serão 48,2% a mais para a classe média, o que equivale a R$ 8,3 bilhões. Outra novidade é a mudança do limite de renda bruta anual de R$ 500 para R$ 700 mil para enquadramento no programa.

Também houve um incremento no Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BK) voltado ao financiamento de máquinas e equipamentos agrícolas. Entre julho de 2010 e maio de 2011, foram contratados R$ 5,4 bilhões, 135% do total programado. O PSI-BK foi criado em 2009 com condições facilitadas para permitir que produtores rurais pudessem continuar investindo em máquinas e equipamentos no período da crise financeira internacional. O sucesso do programa motivou o governo a estender o prazo de contratação para dezembro deste ano.

O Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-agro) também está com liberação além do previsto. Até maio, foram desembolsados R$ 2,4 bilhões, 123% do total programado. O valor é ainda 473% superior ao contratado no mesmo período da safra anterior.

Saiba mais

Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) – Criado na safra 2010/2011, dispõe de recursos para custeio, comercialização e investimento da classe média rural. Até o ciclo agrícola atual, para ter acesso ao crédito, o produtor precisava ter uma renda bruta anual de até R$ 500 mil. A partir da safra 2011/2012, o limite para enquadramento no programa passa a R$ 700 mil, favorecendo um maior número de produtores. O Pronamp substituiu o antigo Proger Rural com mais recursos e condições facilitadas para contratação.

Programa de Sustentação do Investimento (PSI-K) – Instituído em 2009, o programa tinha a finalidade de garantir um crédito mais barato para produtores contratarem máquinas e equipamentos agrícolas, durante a crise financeira internacional. O PSI oferece recursos a juros de 6,5%, abaixo do valor de mercado e de outros programas de investimentos voltados para a mesma finalidade. Seu bom desempenho motivou o governo a ampliar o prazo de contratação que expirava em março para dezembro deste ano.

Programa de Capitalização de Cooperat ivas Agropecuárias (Procap-agro) – Destinado às cooperativas de produção agropecuária, pesqueira e aquícola. Os recursos (R$ 2 bilhões) podem ser utilizados para recuperação ou reestruturação patrimonial.

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