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Lista de defensivos prioritários provoca polêmica

Sindiveg e Abrapa já externaram posições questionando os critérios e pedindo transparência


Com mais de nove mil produtos aguardando registro no Brasil, a lista de agroquímicos preferenciais para registro vem provocando polêmica. Entidades como o Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal) e a Abrapa (Associação Brasileira de Produtores de Algodão) já externaram posições questionando os critérios e pedindo transparência.

Entre as críticas apontadas estão a presença de produtos dos quais já há bastante oferta no mercado, bem como agroquímicos que já saíram de uso em outros lugares do mundo. Outro ponto questionado é que muitos postulantes são apenas escritórios de registro, e não apenas indústrias instaladas no País – o que demandaria mais um tempo de tramitação para as autorizações de importação.

Pela regra atual, os defensivos considerados preferenciais pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) são analisados antes que produtos que estão a mais tempo na fila de espera. De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária da Pasta, Luís Eduardo Rangel, a seleção é feita tendo em conta as pragas que mais ameaçam a agricultura no momento. 

“O processo de seleção abordou aspectos técnicos e econômicos levando-se em conta a necessidade de agrotóxicos com excelente eficiência para as pragas elencadas como prioritárias e a necessidade de rotação de uso dos mecanismos de ação para o manejo de resistência destas pragas. Também foram objeto de priorização os produtos que impactam a concorrência no mercado”, explicou o Mapa em comunicado à época do anúncio da última lista (Abril de 2017).

O Ministério priorizou 53 produtos de diversos fabricantes, mas as primeiras posições foram dedicadas aos agroquímicos para controle de Mosca branca, Bicudo, Capim-amargoso, Buva, Mofo Branco, Ferrugem asiática e Helicoverpa armigera. No caso da lagarta, chama a atenção o fato de que o segundo produto na escala de maior importância de liberação é o Benzoato de Emamectina – ingrediente ativo que ainda não está liberado no Brasil, mas já está sendo usado emergencialmente em alguns estados.

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