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Livro destaca práticas relacionadas à qualidade dos alimentos, do campo à mesa

Redução de perdas pós-colheita, segurança alimentar e agregação de valor são os três eixos que norteiam a proposta do livro


Foto: Marcel Oliveira

Redução de perdas pós-colheita, segurança alimentar e agregação de valor são os três eixos que norteiam a proposta do livro “Manuseio para processamento mínimo de hortaliças e frutas no Brasil”, integrado recentemente ao acervo de publicações da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF). Endereçada a produtores e distribuidores de hortaliças e frutas e aos agentes multiplicadores do conhecimento (alunos e professores), a publicação encontra-se disponível on-line - acesse aqui.

A construção do conteúdo, com uma linguagem simples e de fácil compreensão, foi compartilhada por Rita Luengo e Iriani Maldonade, pesquisadoras da área de pós-colheita de hortaliças,  que contaram com a contribuição de Verônica Ginani, professora de Nutrição, da Universidade de Brasília, e das alunas Fernanda Araújo, Júlia Assaf e Nathália Freire.

De acordo com Luengo, idealizadora da publicação, o livro é dividido em cinco capítulos, sequenciais, referentes às diferentes etapas do processo de produção: (1) fase de campo e do processo de colheita e pós-colheita ; (2) relação entre manuseio na colheita e a qualidade da matéria-prima para a agroindústria; (3) contaminação biológica em alimentos consumidos crus, forma majoritária de consumo de hortaliças e frutas, do ponto de vista das espécies contaminantes e da legislação; (4) a água como elemento fundamental para a produção e processamento de frutas e hortaliças; e (5) valores e políticas públicas para disponibilizar hortaliças e frutas em quantidade e qualidade para o consumidor final.

As etapas descritas por Luengo têm como pano de fundo, conforme descreve Maldonade, a implantação do manuseio mínimo durante a colheita e o processamento, com a consequente redução do tempo e das injúrias nos vegetais, resultando em ganhos na qualidade do produto e na diminuição de contaminantes biológicos. “Temos que ter em mente que a qualidade do produto vem do campo, sempre. Após a colheita e mesmo através do processamento de alimentos, a qualidade de qualquer fruta ou hortaliça pode, no máximo, ser preservada, mas nunca melhorada”, acentua a pesquisadora.

“Desse modo, qualquer esforço para melhorar a qualidade do produto, a partir da colheita - seguida pelo acondicionamento, lavagem e transporte para a agroindústria -, representa um ganho na qualidade do alimento, com reflexos na saúde do consumidor final”, sublinha.

Matéria-prima = qualidade dos alimentos

Essa mesma linha de argumentação é seguida por Luengo, para quem esse é justamente o “princípio que o livro procura explicitar com base na relação entre o manuseio durante a colheita e pós-colheita, e que inclui os processos referentes à manutenção da qualidade dos alimentos minimamente processados, juntamente com a otimização do uso de recursos e de tempo para a agroindústria”.

Nesse contexto, o livro elenca as principais vantagens da adoção do manuseio e processamento mínimos durante a colheita, ao abordar os principais pontos críticos referentes à contaminação microbiológica, e a importância da adoção das Boas Práticas de Fabricação (BPF) durante toda essa cadeia.

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